quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Show da Amy Winehouse no RJ - Eu fui! Tá, e daí?

Tudo muito bom, tudo muito bem, e eis que 2011 promete com shows internacionais. Só do meu interesse, no primeiro semestre teremos Amy Winehouse, U2 e Kate Nash (que não poderei ir por causa de uma prova no mestrado).
Excitante não é mesmo?
E ontem começou a brincadeira: Show da Amy no HSBC Arena.

Primeiro vou falar logo do show que eu acho que é o que todo mundo quer saber.

O show de abertura começou com meia hora de atraso, o que eu considero aceitável. Confesso que não estávamos esperando muita coisa. Várias pessoas haviam comentado que o show de abertura era muito bom, mas, afinal fomos lá para ver a Srta. Amy Winehouse. Olha, que show excelente foi aquele. Anotem aí: Janelle Monae.
Que voz! É uma jovem negra e bem magrinha, você olha e pensa "mmm qual é a dela?". Mas quando começa cantar, meu amigo, que voz!
Ela levantou a galera com um show um pouco dançante, um pouco intimista. Mesmo sem conhecer nenhuma música que ela cantou na sua quase uma hora de apresentação já virei fã e quero saber mais dessa moça.



Depois de um show desse nível, a expectativa estava alta. Afinal, lembro, estávamos ali para ver Amy Winehouse. Mais meia hora de espera para a troca de instrumentos de um show pra outro. Espera aceitável novamente.
A banda entrou e em seguida veio ela: baixinha, franzina, cabelão-juba devidamente armado, vestido tubinho curto e decotado: miss Amy Winehouse!! Aparentemente sóbria, arrepiou a platéia abrindo com Just Friends e, em seguida, emendou Back to Black botando abaixo a platéia.
Beleza, tudo muito bom, tudo muito bem, ela interagia com a platéia, dava umas dançadinhas estranhas e se auto-abraçava sem parar. Tudo dentro dos conformes.
Mas aí ela engatou uma sequência de músicas deprê menos conhecidas do público e começou a beber sem parar. Lá pelas tantas ela começou a andar desorientada pelo palco. Volta e meia cochichava alguma coisa pro baixista ou se enganchava no pescoço do backing vocal. Backing vocal que, aliás, em um determinado momento que Amy saiu do palco, assumiu o microfone e deu show cantando duas músicas.



Daí em diante a coisa degringolou... Não era a platéia que cantava com ela. Era ela que tentava cantar com a platéia. Nos primeiros acordes de Rehab a galera foi à loucura, mas esfriou logo, quando nem da sua música mais conhecida ela conseguia lembrar a letra toda. Não que ela "não cantasse" a música: ela ficava gemendo qualquer coisa no microfone e volta e meia ela largava um "no-no-no" ou um "go-go-go". Em duas músicas ela parou e pediu desculpas por ter errado e esquecido a letra. Numa dessas ela não cantou mais e resolveu apresentar a banda. Em alguns momentos, ela andava cambaleante pelo palco e ai ficávamos tensos: "será que ela vai embora sem mais nem menos"?
Os backing vocals seguravam o que dava, a banda tentava se ajustar ao ritmo que ela cantava... Achei que ia embora sem ouvir Valerie, mas ela cantou até que razoavelmente bem, num arranjo que, confesso, não me agradou muito.

O show acabou, o povo pediu e ela voltou. E finalmente tivemos o ponto alto do show. Sim, o bis foi a melhor parte do show! Ela voltou outra (seja lá porque) e cantou músicas mais conhecidas. Pelo menos assim saímos menos desapontados de lá.

E sabe o que me deixava com raiva: a platéia dando moral, aplaudindo e gritando "uhuuu" quando ela esquecia a letra, cambaleava ou fazia outras merdas no palco. Eu não dei moral. Não aplaudi. Não gritei uhuuu. Porque eu não fui lá pra ver uma pessoa se chapando e grunhindo no microfone...
Ok, ok, vocês vão me dizer em coro "eu aviseiiii". Sim, gente, eu sabia desde o início que era um investimento de risco. Mas foi só por causa da má fama da moça que a decepção não foi maior. O que me chateou de verdade foi o fato de não ter curtido o show como deveria. Depois que ela começou a dar sinais de que estava bêbada/chapada DEMAIS eu fiquei tensa o tempo todo achando que a qualquer momento ela ia dar algum tipo de vexame e encerrar o show (que já é curto e durou menos de 1h30) mais cedo.

Enfim, resumindo, pontos altos:
- a excelente abertura da Janelle Monae;
- a banda e os backing vocals da Amy;
- o bis;
- o vozeirão da moça, que, justiça seja feita, ela não faz o mínimo esforço e aquele vozeirão simplesmente inunda o ambiente!

O quinto ponto alto, que eu acredito que mereça muito destaque, é a estrutura do HSBC Arena para este tipo de evento. Pra vocês terem uma ideia: chegamos lá umas 19:45 (o show estava marcado para 20:30). Estacionamos a uns 5 minutos da entrada. Tinha uma fila grande para entrar, mas andou muito rápido. Os acessos aos diferentes níveis são feitos por rampas muito largas, o que dá grande vazão ao público. Cerca de 20h já estávamos sentados. Todos os níveis têm bar com bebidas e comidinhas (tipo pizza, cachorro-quente e pipoca) e banheiros grandes. Incrivelmente não tinha fila no banheiro feminino quando precisei ir.
Além disso, o espaço é democrático: por ser bem vertical, não há muita diferença de distância com relação ao palco para quem fica no nível mais alto (nosso caso, e, graças a Deus, era o ingresso mais barato, porque, seu eu tivesse empenhado muito dinheiro nisso estaria mais frustrada ainda) para os demais níveis. Claro, quem fica na pista vê bem mais de perto.
Na hora de ir embora, não houve espera, como as rampas de acesso são muito largas, todo mundo consegue sair ao mesmo tempo, sem stress nem empurra-empurra.
Eu já tinha ido lá para o show da Alanis, e também foi super tranquilo.
O único problema é que é loooooooooooooooooooooooonge. Pra vocês terem uma noção, fica a cerca de 34 km da minha casa (isso tudo dentro da cidade, ok?).

Bom, acho que é isso. Valeu a pena? Sim valeu, porque do jeito que a moça tá no fiapo, não sei se dura muito...
Pra quem ainda vai aos próximos shows: não desanimem, mas também não vão com uma expectativa muito alta. E curtam muito a Janelle Monae (virei fã!).

Algumas fotos eu peguei no Ego, outras eu joguei no google mesmo.

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