quinta-feira, 28 de julho de 2011

Passou!

Passou!
Passou "such a mess".
Passou confusão.
Passou falta de foco.
O sol voltou!

Bem vindo sol, não se esconda atrás das nuvens tão cedo, combinado?

OBS: ansiosa esperando chegar meu novo livro "Fazendo Pose", dica da querida @deabe! Quero ler ainda antes de mergulhar de volta nas finanças...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

You get what you need

Estava a navegar pelo meu próprio blog, nutrindo a nostalgia que tomou conta de mim no dia de hoje. E tive a feliz surpresa de sentir um grande orgulho por cada palavra aqui registrada. Uma sensação de "fui eu quem escreveu este texto? Certeza?". Como eu escrevia bem! (modéstia? oi? não conheço)
Posso perceber com muita clareza que os melhores textos são aqueles em que há total entrega, muitas vezes em momentos de profunda tristeza, mas também nos de rasgada felicidade. 
Eles pertencem a uma época em que eu lia muito mais. Não que eu não leia hoje, mas digamos que centenas de páginas (milhares talvez) sobre finanças, organizações, marketing e contabilidade não adicionam qualidade literária aos meus textos. Pertencem àqueles dias os livros mais queridos e lindos que já li, as histórias que marcaram a minha vida. 
Me incomoda um pouco o fato de que naquela época eu tinha que estudar muito, mas eu não abandonei em nenhum momento a leitura. Era minha fuga predileta. (Me ocorre que pra conseguir fazer algo só é necessário querer. O tempo a gente inventa...). Também reconheço que naqueles dias eu passava muito mais tempo sozinha com meus pensamentos. E eles eram muito mais destilados antes de chegar aqui. Na maioria das vezes eu já tinha um post inteiro na cabeça, cada expressão talhada cuidadosamente. Agora eu simplesmente sento aqui na frente do computador e escrevo, despejando pensamentos na sua forma bruta.

Hoje estou inundada de uma mistura confusa de sensações: um pedaço de mim está feliz e contente, vivendo intensos sentimentos novos e velhos; outro pedaço está com saudades de cada amigo, de cada lugar e de cada momento. Ao longo do dia um pensamento, na verdade uma frase, passou diante dos meus olhos várias vezes:

I'm such a mess...

Acho que tudo isso começou quando escutei Valerie (e eu realmente não quero falar sobre a morte da Amy, não agora, não enquanto eu não conseguir absorver completamente a notícia), que em um trecho fala:

"Since I've come home
Well, my body's been a mess
And I miss your ginger hair
And the way you like to dress..."

All about missing somebody, e nesse caso acho que sou eu mesma. Hoje eu tive uma necessidade que pouquíssimas vezes lembro de ter: precisava ficar sozinha. Eu queria e precisava de um tempo comigo mesma, sem interferências externas, para conseguir ter uma conversa interna. Parece que eu não tenho mais intimidade com meus próprios pensamentos! Aliás, pensando bem, nem posso reclamar disso. Adotei conscientemente há algum tempo uma filosofia de não pensar demais e simplesmente let it be. Não que isso seja ruim. Só é diferente do jeito que eu costumava ser. E me dei conta disso agora, relendo meus textos antigos e vendo que agora sou outra pessoa. Mudei. Mudar é bom e é ruim (e lá vem professor Nilo com seu "tudo na vida tem vantaaagens e desvantaaagens"). Até então, na minha longa experiência de 26 anos, todos os processos de mudança foram marcantes. Era bem aquela coisa de lagarta-borboleta. Agora não. Eu decidi parar de prestar atenção e, quando dei por mim, mudei! E agora que eu tive "5 minutos" de cabeça vazia levei um susto ao me dar conta de que meus pensamentos estão em completa desordem, abandonados, coitados! (Talvez seja só consequência de três semanas longe da yoga... Na yoga a cabeça desliga do mundo e, quando liga novamente parece que tudo se encaixa perfeitamente.)

Enfim, perdi o foco, não é mesmo? (estou especialista nisso!)

Pra terminar meu devaneio, uma música que volta e meia aparece por aqui:

"Lo que tenga que ser, que sea
Y lo que no por algo será
No creo en la eternidad de las peleas
Ni en las recetas de la felicidad"

Minhas férias

Redação de primeiro dia de aula, só que com fotos.



Saudades, saudades,saudades...

domingo, 17 de julho de 2011

Todo amor que houver nessa vida

Agora são 4



- 02/02/2006: "Love", na nuca
- 28/11/2006: "Walk on", no pé direito
- 17/05/2008: "Let it be", na costela direita
- 14/07/2011: "Breathe", nas costas

Amo estes mantras marcados na pele.
Amo estas extrapolações para o mundo exterior que me libertam das minhas inquietudes.
Amo o fato de elas me distanciarem do óbvio.
Amo lembrar de como estas palavras me encontraram, em uma música, em um momento de agitação ou de meditação.
Amo a todas elas como amo a todos os momentos da minha vida que elas representam.


"E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia..."


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sobre tatuagens II - Breathe (yes, I did it again!)


Queridos amigos, meu último post não foi, assim, digamos, à toa. Eu não só estava de caso pensado, como já estava com hora marcada no tatuador! Pois é, lá fui eu novamente brincar de rabiscar o corpo pra sempre!


Tatuagem é uma coisa muito doida: dá uma euforia imensa, mas você sabe que vai sentir dor! Aliás, na escala-Clarissa de dor, esta não superou a dor da "Let it be". Talvez por ser mais espalhada, não sei bem. Dessa vez foi "um pouquinho" maior que as outras. (Engraçado como a coragem de tatuar vai crescendo e o tamanho da dita cuja também!) Sei que quando terminou deu aquela sensação de final de entrevista no Programa do Jô, com todo mundo falando "Ahhhhhh", com aquela peninha de ter acabado e já maquinando sobre qual será a próxima. Afinal, agora estou com 4 tattoos, e, como TODO MUNDO SABE não dá pra ficar com número par....

Quem fez a tattoo foi o querido Edu Reis da Koi Tattoo. Fui atéééé a Barra pra conhecer esse gaúcho (sim, vejam só, a pessoa sai do RS mas o RS não sai da pessoa: arrumei um tatuador gaúcho no Rio!) super talentoso e não tive dúvida que podia confiar minha página em branco pra ele (no caso, minhas costas). E agora que tá tudo pronto posso dizer que super recomendo!




Então que agora eu tenho mais uma palavra linda na minha vida, mais um lembrete interno - e externo - de algo que eu não posso esquecer jamais. Vocês podem pensar "mas Cissa, a gente não precisa lembrar de respirar, este é um movimento involuntário do corpo". Mas é aí que vocês se enganam. Respirar é pensar, é pausar, é tomar fôlego pra começar outra vez, é um momento de olhar pra dentro mesmo quando o turbilhão está passando lá fora. Enfim, é muito mais do que colocar ar para dentro dos pulmões e depois devolver pro mundo. Essa é a mensagem: "just breathe, don't forget to stop and breathe"...

domingo, 10 de julho de 2011

Sobre tatuagens

Sou muito fã da Cris Guerra, pela sua história (que você pode conhecer no Para Francisco) ou no seu blog de moda, o Hoje Vou Assim.

Mas o que eu quero falar dela hoje não é nem sobre Francisco, nem sobre seus outfits. Verdade seja dita: as tatuagens dela são liiiindas. E hoje, fuçando aqui e ali, achei um vídeo em que ela fala um pouco delas.




(Não me surpreende que a preferida seja a "Delicadeza". Eu achei linda quando vi pela primeira vez porque ela, na sua forma, exprime tudo.)

Acho legal ela explicando as tatuagens porque todo mundo sempre me pergunta o porquê de cada uma das minhas (por enquanto três). Acho normal a curiosidade e explico, sem problema nenhum, o significado que cada uma tem pra mim. Também não tenho nenhum problema em dizer qual doeu mais, e acho graça quando as pessoas fazem cara de dor quando imaginam uma tatuagem em cima dos ossinhos da costela.

Mas existem aqueles comentários/perguntas desagradáveis recorrentes... Esclarecendo: as tatuagens foram todas feitas pra mim. Elas estão situadas no meu corpo. Ficarão ali até o final dos meus dias. Então, não é porque eu tenho um "Love" tatuado na nuca que ele foi feito em homenagem a alguém. Melhor: to someone ELSE. Porque ela foi em homenagem a alguém: EU! Eu me amo, e não posso esquecer de me amar nunca. E assim com as outras também. Todas pra mim. Lembretes de coisas muito importantes que nunca posso esquecer. Aí me dizem "mas não dá pra ler direito", normalmente virando a cabeça e espremendo os olhos. E daí? Eu fiz a tatuagem para o mundo ler? Bem, vocês já sabem a resposta. E aí vem a outra pergunta "por que palavras/por que palavras em inglês"? Porque sim! Ou a variação pior de todas "eu não gosto de inglês, por que você não tatuou em português?" Ai meu saco! Eu poderia ter tatuado em sânscrito! Aí sim ninguém ia ler! Gente, cada tatuado tem a sua viagem. Ele pode até te explicar, e você pode, sim, achar tudo aquilo muito ridículo, mas, uma dica: guarde pra você!

Outro tipo de comentário que me racha a cara é "você não tem cara de que tem tatuagem". E quem tem tatuagem tem cara de quê? Hein, cara pálida? "Você tem cara de santinha, de certinha, de CDF, de nerd". Tem que ser diabinha pra tatuar o corpo? ahhh ta! E ter tatuagem reduz a minha inteligência, minimiza o meu caráter? ahhh ta! (por acaso eu tenho "cara" de engenheira? de mestranda em administração? de asmática? de míope? então???)

Outros tópicos recorrentes: sim, eu tive coragem de fazer; sim, doeu; não, não usei anestesia e nem bebi (questão de princípios pessoais: quer a tatuagem? assuma a dor que ela vai te causar! sinceramente, acho a dor uma parte instigante do processo) e não, não me arrependi. Minha primeira tatuagem tem 6 anos, a segunda, 5, e a terceira, 3. E quando eu ficar velha? Serei uma velha tatuada! Ah, e nunca tive problemas no meu trabalho por causa das tatuagens. E, como vocês sabem, não trabalho no lugar mais descolado do mundo.

End of history

Só um pequeno desabafo livremente inspirado aqui.

Pensamentos insones - a yoga na minha vida

Insônia está me acometendo nessas férias. Quando eu achava que mais ia dormir na minha vida, cá estou eu, acordadíssima, mais de 2h da manhã.
Vocês podem me dizer: "por que não vai ver a vida lá fora?". Eu repondo: eu fui ver a vida lá fora! É o que eu mais tenho feito nessas férias. Talvez por isso tanta agitação: não quero perder nenhum minuto dessa liberdade, desse tempo, que é só meu, porque eu sei que sentirei falta quando a vida real voltar ao seu curso...
Hoje, por exemplo, fiz algo só por mim: pedalei até onde achei que deveria. Quando cansei pratiquei yoga ao ar livre. Tentei me libertar dos meus pensamentos e fiquei ali, imóvel, meditando, por tantos minutos quantos eu nem sei dizer. E me senti tão livre, tão leve. Aliás, acho que ainda não falei aqui no blog da minha mais nova paixão na vida: a yoga.



Comecei em novembro do ano passado, logo depois de me livrar daquela terrível crise de dor na coluna. Sempre tive o incentivo da minha querida amiga/professora de pilates/mãe Samantha para praticar yoga. Então entrei na yoga para fazer mais uma atividade física, além do pilates, e porque poderia praticar na hora do almoço. Então, cética que sou, pensava apenas nos benefícios físicos da prática e ignorava a questão mental. Escutava o que o professor falava como um mero "bla bla bla whyskas sachet". Estava mais preocupada em preservar minhas recém machucadas costas.

Mas com o tempo passei a prestar mais atenção na respiração e no que o professor dizia. E, finalmente, consegui algo tão difícil para uma pessoa ansiosa quanto eu: respirar e viver o momento presente. É claro que eu não atingi um grau de elevação espiritual invejável, mas eu naturalmente entendi que as posturas exigiam toda a minha atenção, fosse para eu não me machucar, fosse para conseguir chegar a um grau de dificuldade maior. Entendi que doando a atenção para a postura eu conseguia viver o agora. Assim, podia esquecer temporariamente que tinha reunião às 13:30, ou que tinha um relatório para finalizar ou uma prova no mestrado! Assim, como mágica! Passei a escutar as histórias do professor, e parei de achar que "emanar energias positivas para todos os seres" era um bla bla bla qualquer. E comecei a entender que eu passava meus dias inteiros respirando mal, com a postura errada e que eu precisava levar o que aprendia naquelas duas horas semanais para a minha vida inteira.

Foi assim que eu me apaixonei pela yoga. Não sou nenhuma fanática xiita, não sei nem qual é a "linha" que segue meu professor. Tenho minhas posturas preferidas, sei que ficar de cabeça pra baixo me revigora. Percebi que praticar yoga é, agora, uma questão de sanidade mental. De alguma maneira, que não sei bem explicar, saio da prática muito mais tranquila, centrada, equilibrada. Parece que os pensamentos se reorganizam naqueles minutos em que você se desapega deles, e tudo fica mais claro e simples no final. Por isso, sempre que eu posso, pratico também fora das aulas. Da minha maneira, com o que consigo lembrar das aulas. E é sempre maravilhoso!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ana Luiza virou uma estrelinha no céu


Acabei de saber que a Ana Luiza (falei dela aqui, lembram?) faleceu hoje...

Fiquei muito triste com a notícia, pois, apesar de ela não ser da minha família ou de eu sequer conhecê-la pessoalmente, sei que ela foi uma menina muito guerreira e um exemplo de coragem. É sempre muito difícil enfrentar a morte de uma criança sem achar que este mundo está do avesso, que a injustiça é demais, que esses pais não mereciam passar por isso.

Mas ninguém disse que o mundo era justo...

Ela também é um símbolo de que no mundo do twitter não tem só gente à toa, e foi capaz de uma mobilização ímpar em torno de uma causa real, que exigiu que as pessoas saíssem da frente dos seus computadores e fizessem o bem, não só pra Ana Luíza, mas pra muita gente.

Eu sei que palavras agora não adiantam de nada, mas estou aqui mandando minhas melhores energias para que os pais, avós, familiares e amigos dessa princesinha consigam superar a dor da perda. Agora ela virou uma estrelinha e foi pra um lugar sem doença e sem dor.

(se você não conhece a história da Ana Luiza, leia o blog da mãe dela, o vidAnormal, que também está ali nos meus Blogs Queridos)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O mais importante do mestrado (ou: muito obrigada, queridos amigos!)

Esse negócio de estar em férias me deixa fervilhante de ideias e eu tenho vontade de blogar o tempo todo!
O que movimentou meu dia foi a divulgação da última nota que faltava para fechar o semestre no mestrado, e era justo a de Finanças. Hoje, logo cedo, a primeira coisa que eu vi quando acordei (às 6h30, diga-se) foi o email do professor divulgando as notas. E, sim, meus amigos, acabou tudo bem. Acabou tudo ótimo, aliás. Muito melhor do que eu poderia sonhar quando estava apavorada no início do semestre.

E depois de tanto ralar, e de colher o resultado de tanto esforço e superação (sim, porque, como vocês sabem, eu saí completamente da minha zona de conforto e fui estudar uma coisa totalmente nada a ver com a minha formação), eu penso em tudo o que aconteceu neste semestre e descubro que tudo o que eu tenho a fazer é agradecer. Sim, agradecer, porque se há algo deste período que vai me acompanhar no futuro, e que vai sempre me dar aquela nostalgia "dos tempos do mestrado" são as pessoas incríveis que eu conheci.

Engraçado que quando eu saí da faculdade, achei que tinha feito até ali todos meus amigos verdadeiros. Depois comecei o Cenpro e, numa convivência tão intensa de 13 meses consegui descobrir mais alguns amigos de fé. Nesta altura do campeonato eu já estava me convencendo que o ambiente acadêmico, que naturalmente favorece a colaboração, aproxima as pessoas. Diferente do ambiente de trabalho, que é bem mais competitivo e onde os interesses pessoais acabam se sobressaindo. Pra confirmar essa minha teoria, tive o prazer de encontrar pessoas maravilhosas neste primeiro semestre.

Eu sei que quando a gente resolve citar nomes corre o risco de cometer injustiças e de esquecer de alguém. Mas como o blog é meu e eu faço o que eu quero nele vou correr este risco pra falar de algumas pessoas que fizeram a diferença na minha vida neste período: tem as duas Aninhas (a Anna Maria e a Ana Cláudia) que são duas das pessoas mais doces que eu conheci na minha vida. Pessoas sempre de bem com a vida, de bom humor, com uma energia super positiva. Tem a Thais, uma guria muito determinada e centrada, sempre muito prestativa, com quem dividia minha indignações e meus papos sobre tudo, e com quem me identifico demais. Tem a Rebeca e o Fernando, o casal mais querido do mestrado, os dois super dedicados, com uma história que eu admiro muito. Tem a Helga, guria das mais inteligentes e com mais habilidades múltiplas que eu já conheci, que é tão diferente de mim - nós divergimos nos gostos sobre quase tudo! - e que eu acho que é por isso que nos damos bem! Tem a Malu, que veio do Rio Grande oposto ao meu, e que já mostrou que tem muita garra. Tem a Manu, uma das pessoas mais sinceras que já conheci!

E tem as duas criaturas que mais me deram trabalho neste mestrado: Mari e João! A Mariana é daquelas pessoas que desde o primeiro dia, na prova de nivelamento, dava a impressão de que já era minha amiga de décadas! Daquelas pessoas pra quem a confiança era algo implícito, eu já sabia que podia confiar nela sem nem mesmo saber nada da sua vida, só de olhar. Ela pode até dizer que Finanças ia ser bem mais difícil sem mim, mas só ela sabe (talvez não saiba, mas vai saber agora) o quanto me apoiou, me motivou, me deu energia quando eu mais precisei. Mariana é aquela pessoa que, se é tua amiga, vai até o inferno e volta pra te ajudar. Sabe "amiga de fé, irmã, camarada"? É ela! Ciumeeeeeenta que só, mas eu adorava o jeito que ela mandava eu e João ficarmos quietos na aula! Coisa de amiga-mãe... E o João, foi, talvez, a pessoa mais improvável que conheci nessa coisa toda de fazer mestrado. Improvável porque nos conhecemos lá no cursinho preparatório da Anpad, onde eu olhava pra ele e pensava "qual é a desse cara?". Não era exatamente um recém formado (fica tranquilo João, que não vou revelar tua idade!), um empresário... Por que esse cara queria fazer mestrado? Começamos a conversar nos intervalos das aulas (aliás, achei alguém que fala mais do que eu!), no fim das contas nos tornamos colegas na Puc, e hoje acho que posso dizer que ele é um dos meus melhores amigos. Não sei quem estava mais desesperado no começo do curso, eu ou ele! Morrendo de medo de tudo (ele não era muito chegado aos números e eu nunca tinha estudado nada daquilo) combinamos nos ajudar, eu nas Finanças, ele no Marketing. E que dupla dinâmica, hein? Foi ele que me ajudou a fazer com que todo esse esforço fosse muito mais leve, que dividiu comigo as aflições do "será que vamos passar?", do "será que vai dar tempo?", e que também me proporcionou muitas, muitas risadas MESMO! Saber rir até chorar? Pois é, ele é mestre dessa arte. E vive dizendo que eu é que sou engraçada! Vai entender?

No final deu tudo certo, passamos em tudo com louvor, e, sabe o que é o melhor de tudo? Cresci, mudei, e angariei todas essas pessoas lindas pra minha vida. Precisa mais?

Muito obrigada, meus queridos amigos, por fazerem parte da minha vida!


(Às vezes me dá uma tristeza de saber que agora cada um vai pra sua área de concentração e que, por isso, nos encontraremos muito menos...)

domingo, 3 de julho de 2011

A História de Nós 2

Já tinha muito tempo que eu passava por aquele cartaz no metrô e sentia vontade de ver aquela peça. A peça era A História de Nós 2. Parecia tão deliciosamente despretensiosa que me dava vontade de ir, mas, sabe como é, tá em cartaz lá na Barra, é longe, preguiça e tal.

Aí enquanto planejava o que fazer com a mãe aqui no Rio, minha amiga Márcia (a campeã das grandes ideias) me sugeriu teatro. Pesquisamos daqui e de lá, e essa peça pareceu bem aquilo que eu procurava: algo leve, pra uma noite de domingo.



Lá fomos nós pra Barra. Apenas uma observação antes de falar da peça: ela está em cartaz no teatro dentro do Barra Square. Lá não tem nada pra ver/fazer/comer. Quer dizer, até tem, mas tudo assim bem meia-boca.

Bom, ao que interessa: a peça fala da história de amor da Lena e do Edu, e trata do conflito entre as três personalidades dos dois: Lena e Edu, o casal apaixonado do início de namoro, Mammy e Duca, a mãe do Felipe e o carinha que quer voltar pra juventude, e Maria Helena e Carlos Eduardo, os profissionais competitivos e super eficientes. A história é deliciosa, e todo mundo se identifica nela. É pra rir bastante e até se emocionar um pouco, ou, como meu amigo João vai comentar (ou, se não comentar, com certeza vai pensar), é uma peça de mulherzinha! Sim, é, mas recomendo pra todos meninos também.




No final, eles vendem um par de bottons (que eu não me aguentei e comprei), com duas falas da peça, uma fala da Lena e outra do Edu.

Adivinhem qual fala é de quem???



(se não der pra ler, no de cima tá escrito "desisto, é muita firula pra uma trepadinha só" e no de baixo "Já dei essa semana. Agora, se Deus quiser, só semana que vem!")

Uma nota atrasada sobre Comer, Rezar, Amar

Esclarecendo: sobre o livro.
Por isso esta é uma nota atrasada.



Flertei muito com esse livro antes de aceitá-lo e resolver ler suas páginas. Meu primeiro olhar sobre ele foi em 2008, quando resolvi comprá-lo como presente para uma amiga. O caso foi que demorei mais de um ano para encontrar novamente essa amiga, e, muitas vezes, pensei em desistir de dar o livro e ficar com ele pra mim. Mas quando este pensamento me ocorria, eu rapidamente sentia uma incrível vergonha por ter sequer pensado nisso, afinal, era um presente e não poderia deixar de ser.

Porém, o fato de manter o livro no armário, mesmo que ele não fosse meu, me impedia de ir até a livraria e comprar um só pra mim (quem me conhece sabe que, se há uma coisa que me faz sentir ciúmes está coisa se chama livro. Eu gosto de tê-los, às vezes rabiscá-los, mas esse é um direito única e exclusivamente meu. Só empresto em casos raros e para pessoas raras). Não sei bem explicar porque, mas, com o livro ali, ao mesmo tempo disponível e ocupado, eu sentia que não podia ter outro exemplar. O impasse começou a se resolver quando finalmente encontrei minha amiga e dei o livro a ela. E, em seguida, ganhei outro da minha irmã! Pronto. case closed.

Porém, ler este livro não poderia não ser outa novela. Comecei a ler ano passado, já até falei dele aqui e aqui, e, quando estava a mais ou menos 1/3 do final, começou o mestrado, e, bem, só consegui terminar agora, já em férias.

O caso é que, neste período, escutei muitas opiniões tanto sobre o livro quanto sobre o filme (que só agora pretendo ver, e, mesmo com muitas opiniões contra, não dispensarei Javier Bardem assim tão fácil!) e que, muitas delas, vinham de pessoas que abandonaram o livro pela metade porque o julgaram muito triste e depressivo. Como eu só largo um livro pela metade quando esgoto a última disposição de ler, resolvi ir até o fim, mesmo concordando em parte com a opinião destas pessoas. Realmente, o primeiro terço do livro é difícil, a história é triste. 

Mas, agora que li tudo até o final, é que eu consegui entender que este é um livro que não pode ser deixado pela metade! É uma história de transformação, e quem lê só até a metade vai ficar só com a lagarta, sem nunca conhecer a borboleta. Esta é a minha maneira de dizer que o livro é lindo, e que eu li ele em partes (o que não me agrada nem um pouco), mas que eu acho que acabou fazendo com que eu me identificasse e me apaixonasse mais por ele. Eu também estou passando por uma transformação (no fim das contas, todos estamos, afinal, a vida está passando e precisa ser mais que a simples soma dos dias) e entendi perfeitamente essa mulher que saiu pelo mundo em busca do autoconhecimento.

Dizer agora "leiam" acho inadequado, talvez porque todo mundo já leu e já tem uma opinião a respeito. Essa é a minha, e eu não podia deixar de registrar, porque eu adoro quando um livro mexe assim comigo, e fica marcado na minha vida na galeria de livros que eu amo.

PS.: Se alguém quiser me dar "Comprometida" de presente.... eu aceito!

sábado, 2 de julho de 2011

Eça, mais que um restaurante, uma experiência

Nada melhor do que começar as férias em grande estilo. Como eu saí de férias ao meio-dia da sexta-feira (por que ao meio-dia? Porque eu quis!), uma ótima pedida seria um almoço especial.

Desde o ano passado (acho) que eu e minha amiga Márcia falamos sobre almoçar no Eça, o charmosíssimo restaurante que fica dentro da H. Stern no centro do Rio. E agora surgiu a oportunidade perfeita: como entrei de férias só encontrarei a Márcia novamente quando ela voltar de férias (ela sai quando eu voltar). Além disso, ela vai fazer uma viagem que é um sonho pra ela há muito tempo. Precisa de mais motivo? Não né?

Agregamos o Frias (olha só o privilégio. Pra ele, no caso) e lá fomos nós nessa ensolarada e agradável sexta-feira de inverno.



Eu esperava muito do restaurante, mas ele me deu muito mais. A comida é maravilhosa, o atendimento idem.
Vamos aos pratos: eu comi um risoto de linguiça de cordeiro, com mussarela de búfala, legumes e azeite trufado. Pára tudo! Que coisa mais maravilhosa é esse azeite trufado!! Sem contar a flor de sal para incrementar o prato. A Márcia comeu um lombo de cordeiro com palmito, batata e abobrinha. O Frias experimentou um filé mignon de vitela (que, assim como foie gras, é contra os meus princípios) com risoto de aspargos. Todo mundo ficou feliz com seus pratos! E, de sobremesa, um suflê de chocolate de comer DE JOELHOS! Era um bolinho assado na hora em uma caneca, com recheio cremoso. Até o café é imperdível, e vem com uns rolinhos crocantes de castanha. Na linha do "já que", experimentamos também os bombons de chocolate belga da casa.

Enfim, tudo lindo, tudo gostoso, uma experiência completa!

(a conta foi um tantinho salgada, mas valeu cada centavo!)
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