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domingo, 21 de abril de 2013

Há limite! (Mesmo?)

Existem acontecimentos na vida da gente que nos levam a refletir. Vivemos hoje em um mundo onde todos têm direito a tudo, de maneira irrestrita. Vivemos no mundo do politicamente correto. Se alguém levanta uma posição contrária a isso, é execrado publicamente. Imagine, que afronta tolher a liberdade de alguém. Na mídia não faltam exemplos da condenação pública ao qual são submetidos indivíduos que ousam pisar fora do quadrado. Quando há distanciamento da situação, ficamos logo cheios de opinião, achando um absurdo essa ou aquela postura. Mas quando acontece algo dentro do nosso mundo, fica muito mais difícil entender, se posicionar e opinar.

Foi este tipo de coisa que me fez pensar e pensar e pensar. Liberdade é algo muito amplo. Mas o que ecoa na minha cabeça neste momento é algo que as minhas professoras das séries iniciais repetiam muito: "a sua liberdade termina onde começa a liberdade do outro". Tão simples a ponto de uma criança de 6 anos ser capaz de entender. Tão esquecido a ponto de adultos cheios de si serem capazes de ignorar. O mundo do politicamente correto parece ser libertador, quando na verdade, em muitos aspectos, é claustrofóbico. Uma pessoa se sente no direito de invadir a minha vida, a minha liberdade,  mesmo que isso cause danos que nem ela própria poderia medir (será que não? Tenho dúvidas). E tudo isso, por quê? Porque ela estava no seu direito. Tem uma pessoa próxima que acredita que de tempos em tempos é necessário que haja uma ditadura, para que os direitos sejam suprimidos e as pessoas lutem por eles novamente, e se sintam satisfeitas, já que chega a um ponto em que começam a abusar do seu querer. Eu não sou tão radical, mas é fato que as pessoas vêm abusando dos seus direitos. E esquecendo dos seus deveres.

Raciocinando nesta linha, me sinto apta a exercer também os meus direitos. Tenho o direito a escolher quais pessoas farão parte da minha vida particular. No meu trabalho, nas aulas que frequento, não tenho esta opção. Mas na minha vida fora destes meios sociais impostos, eu tenho sim. Acredito que cheguei a um ponto na vida em que não pretendo mais expandir meu círculo de pessoas próximas. Ao contrário, é hora de restringir.

Além disso, eu tenho minhas dificuldades e limitações. O que eu quero dizer com isso? Que não tenho sangue de barata. As pessoas agora se acham no direito de tirar satisfações, de querer saber. De perceber que o chapéu se encaixa perfeitamente na sua cabeça, usá-lo e vir querer saber porque ele está servindo. E eu agora me acho no direito de ignorar, de não querer falar, de me calar. Outra coisa que eu venho aprendendo de maneiras muitas vezes dolorosas ao longo destes meus quase 28 anos, é a não ignorar minha intuição. Apesar de eu ser uma pessoa muito racional, tenho visto que ela é muito mais aguçada do que eu poderia imaginar. Usando outra frase que todo mundo escuta desde criancinha: "onde há fumaça, há fogo". Às vezes um foguinho ridículo, outras vezes um incêndio monumental. Mas sempre há. E eu já tive provas suficientes de que nunca, jamais, devo deixar de lado este meu 6º sentido.

Quer saber outra coisa que me tira do sério? Mentira. E não, eu não sou santa. Se eu já menti? Certeza que sim. A vida social de qualquer pessoa viraria um inferno se ela fosse sincera 100% do tempo. Quem nunca fingiu estar tudo bem quando estava tudo péssimo? Quem nunca disse "sua roupa tá ótima", quando não estava tão ótima assim? O que eu realmente acho é que mentira pode até ser o caminho mais curto. Mas nunca será o caminho mais barato. O preço que você paga por uma mentira pode estar muito além do que você previu no momento em que tomou a decisão de mentir. E quando você já foi exposto a mentiras que mudaram toda a sua vida ainda muito cedo, você cria um pavor, um pânico, uma aca.

E ainda tem mais: tem as pessoas que se escondem atrás da alcunha de "malucas", "surtadas", "sem noção" pra fazer o que bem entendem. Sobre isso apenas: foda-se. Esse tipo de desculpa não cola comigo. Você tem direito de ser uma pessoa maluca, eu tenho direito de te tirar da minha vida. Gente não é matemática, mas tem coisas que são mais fáceis de prever no comportamento de algumas pessoas do que o resultado de uma equação de 1º grau.

Então pra mim chega, chega de gente rasa, de gente que não me agrega nada. Pode parecer uma visão utilitarista, mas o que estou tentando fazer é simplificar a minha vida. Já bastam os problemas que eu realmente preciso enfrentar, não vou me expor a problemas eletivos.


PS: serviu o chapéu? Use e seja feliz. Ou ignore. Pode ficar puto(a) também. Mas não vem encher meu saco. Não vem querer saber o porquê ou pra quem. Se eu quisesse citar nomes, eu citaria, assim como não me furtei inúmeras vezes aqui neste blog.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Meant to be!

É muita coisa em pouco tempo....

Pois é, depois de um longo silêncio, hoje me permito escrever. E por que "permito"? Porque já tem um tempo que eu não consigo admitir gastar meu escasso tempo e minha ainda mais escassa energia com nada que não seja: trabalho, mestrado e finais de semana de ponte aérea. Tá difícil parar. Fim de ano já costuma ser uma correria danada. E este não está diferente. Está bem mais intenso, aliás. Mas hoje uma conversa já no fim do dia me deixou muito feliz, e me inspirou.

O que me traz aqui hoje, pra escrever nesse blog que já é um antigo companheiro, é a coisa mais clichê que existe nesse mundo, em dezembro: retrospectiva. Pois que atire a primeira pedra quem não chega nessa época fazendo um balanço de todos os acontecimentos do último ano. Então essa é a minha (e o blog é meu, eu escrevo o que quiser nele). Sou previsível? Foda-se!

tempo de olhar pra trás...








E eu começo dizendo, que, olha, há um ano eu tava na merda. Merda em negrito e sublinhado. Porque não era pouca merda. A minha vida foi desmoronando de tal maneira na segunda metade de 2011 que não teve um setor que não foi afetado. Eu havia me afastado da minha família, dos meus amigos mais próximos, de todo mundo que importava. Estava extremamente infeliz e insatisfeita no trabalho, tinha acabado de perder uma promoção e não enxergava perspectivas de crescimento ou de mudança. Estava chutando o balde. Tomei um pé na bunda (que, apesar de ter sido de uma maneira muito elegante, educada e cheia de consideração, não deixou de ser um pé na bunda) e estava me sentindo sozinha como nunca antes. E eu só comecei a perceber toda a magnitude da minha situação quando um problema de saúde na família (que hoje já está resolvido) me deu um chacoalhão tão, mas tão grande, que eu caí em mim de uma vez só. E o tombo foi feio. Foi doloroso. Acordei e estava vivendo no meio de um pesadelo. Mas, como de costume, não deixei a peteca cair. O que me movia era a única coisa de bom que tinha restado naquela confusão toda: meu mestrado. Eu tinha uma gana infinita de estudar, aprender, tirar boas notas. E isto me sustentou durante aquele último mês de 2011, até que eu pude ir pro RS, chorar no colo da minha família. E eu chorei muito na virada do ano. Acho que foi o reveillon mais triste que já passei. Tinha um vazio enorme dentro de mim, e eu não sabia nem por onde começar a preenche-lo.

Veio 2012. Poucas expectativas. E aí que é bom: quando você não espera nada da vida, é que ela mais te surpreende, porque qualquer coisa que acontece já é muito. Mas vocês acham que já vamos pro final feliz? Nã, nã, nã. Pastei muito em 2012 antes de chegar neste 5 de dezembro. Eu achei que a vida estava me recompensando quando tive um convite no trabalho. A mudança de área era tudo o que eu queria. E eu agarrei aquela oportunidade com toda minha força. Foi a minha tábua de salvação.

Só que eu tive que abrir mão de muita coisa em 2012. Tive que romper muitas coisas em 2012. Primeiro foi o fim de uma relação de dez anos. Sem brigas, sem ressentimentos, nem arrependimentos. Mas nem por isso foi fácil. Depois foi o fim trágico e abrupto de uma relação de pouco mais de 4 meses (mas que hoje não vou aprofundar isso aqui, porque a morte da minha cã ainda não é uma coisa tranquila pra mim e hoje não é dia de tristeza). Na semana seguinte roubaram minha bolsa, depois caí de cama com suspeita de pneumonia. Perdi um tio muito querido, que era meu ídolo da infância. Tive que lidar com muita burocracia sozinha. Gastei muito dinheiro pra consertar tudo que tinha que ser consertado. Era porrada de todo lado. Dessas coisas que, quando acontecem, não conseguimos entender. Por quê? Só o que eu conseguia pensar era "por quê? por que eu? por que comigo?". Tem algumas coisas que realmente não são feitas para serem entendidas, e, muitas vezes (mais até do que gostaríamos), o tempo do universo não é o nosso tempo. "Quero hoje, quero agora, quero que tudo se resolva". Mas não é assim que funciona. Hoje eu lembro daqueles dias horríveis em que eu chegava no trabalho mas não conseguia ir pra minha sala. Ligava pros meus pais chorando e pedia ajuda. Achava que não ia dar conta. Penso no dia do meu aniversário, quando caiu uma tempestade. Era tempestade lá fora e aqui dentro. Eu achei que não ia mais ter sol pra mim por muito tempo. Foi difícil não deixar a peteca cair. Foi bem difícil.

Mas apesar da solidão que eu senti muitas noites em casa, fui descobrindo que não estava sozinha de verdade. Eu pedi perdão às pessoas que tinha magoado e, pra minha sorte, elas me aceitaram de volta. Não posso negar que muitos braços se estenderam quando eu estava caída.

Devagarinho fui retomando o gosto pelo mundo. Me abri pra vida e, de uns tempos pra cá, tenho recebido o quinhão de coisas boas que o universo estava me devendo.

Tenho vivido momentos excelentes no trabalho. Adoro o que eu faço, estou aprendendo numa velocidade que não julgava possível, estou aplicando o que aprendi no mestrado. E quando você faz seu trabalho com afinco, quando você acredita naquilo que faz, o reconhecimento vem. Também fiz as pazes com minha dissertação (que eu cheguei a cogitar em largar), e agora estou conseguindo ter disciplina pra trabalhar nela.

Devo estar esquecendo de alguma coisa, porque se tem algo que não faltou pra mim em 2012 foi emoção! Minha vida passou por uma dureza tão grande que ganhei do pessoal do trabalho um patuá pra espantar as energias ruins. Por fim, acho que funcionou. No final de 2011, o sentimento que me inundava era a solidão. Agora, depois de tudo o que eu passei este ano, o que eu sinto é uma imensa gratidão. Agora já posso olhar pra trás e dizer que entendo um pouco do que me aconteceu.

E, apesar de correr o risco de ser injusta com alguém, e de saber que muitas das pessoas não lerão este texto, quero agradecer nominalmente algumas pessoas que fizeram o meu ano: Claudete, Faustino, Rosana, Claudio, Matiko, Mariana, Livia, Cristina, Joanna, Fernanda, Kely, Márcia, Julia, Frias, André, Rafael, Bianca, Marco Antônio, Dany, Samantha.

Obrigada!

Pra acabar, eu acho que nenhuma frase resume melhor 2012 do que "meant to be!" (ou, se preferirem: "era pra ser!").


"É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente"

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pra espantar a tristeza

Tem só mais três coisas que eu quero falar sobre minha cã:

- pra mim (e pra várias pessoas que também notaram isso) ela veio pra minha vida pra cumprir uma missão. E quando essa missão terminou, ela foi embora, se retirou. É difícil, dentro da nossa cultura, aceitar a morte. Mas nem sempre o nosso tempo é o tempo do universo, e, se ela foi embora agora, é porque tinha que ir. 

- quero agradecer imensamente às pessoas que ajudaram naquele dia tão difícil: o time de futebol que tentou cercar, a menina que pegou a Carminha no asfalto, o guri que nos deu a garrafa d'água, o taxista que não hesitou em nos levar pra clínica, a toda equipe de enfermeiros e veterinários que fizeram de tudo pra salvá-la, a enfermeira que cuidou do Régis (que ficou todo arrebentado) no hospital, a Mari que prontamente providenciou a doação das coisinhas da Carminha pra ajudar outro cãozinho de rua e a todos os amigos que se solidarizaram com este momento difícil.

- escutei alguns comentários do tipo "tudo isso por causa de um cachorro?". Sobre isso, só uma constatação: não confio em quem não gosta de bicho.

A vida anda sendo um tanto dura comigo ultimamente. Mas é claro que existem compensações. É claro que, como eu aprendi na yoga, "isso também passa". Então vou deixar aqui uma musiquinha bonita, pra espantar a tristeza.




Pra Sonhar (Marcelo Jeneci ) 

Quando te vi passar fiquei paralisado 
Tremi até o chão como um terremoto no Japão 
Um vento, um tufão 
Uma batedeira sem botão 
Foi assim viu 
Me vi na sua mão 

Perdi a hora de voltar para o trabalho 
Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei 
Mil coisas eu deixei 
Só pra te falar 
Largo tudo 

Se a gente se casar domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra sonhar 
Pra sonhar 

O que era sonho se tornou realidade 
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem, 
Nossa Jerusalém, 
Nosso mundo, nosso carrossel 
Vai e vem vai 
E não para nunca mais 

De tanto não parar a gente chegou lá 
Do outro lado da montanha onde tudo começou 
Quando sua voz falou: 
Pra onde você quiser eu vou 
Largo tudo 

Se a gente se casar domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra contar 

Domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra contar 
Pra contar

Só que você foi embora cedo demais...

Há dias eu venho pensando em escrever aqui no blog, mas andava me faltando coragem. Eu sabia que no dia em que resolvesse escrever aqui seria impossível conter as lágrimas (e eu estava certa). Só que a vida tem dessas coisas (a minha tem várias dessas coisas) e de repente o corpo entra em pane e te obriga a parar. E te obriga a pensar em tudo. Te obriga a encarar. Então aqui estou eu.

Não faz nem duas semanas, está tudo ainda muito recente e doloroso ainda. Acredito que a maioria das pessoas que me conhecem sabem do que eu estou falando. Há poucos dias eu perdi um serzinho muito importante na minha vida, minha cã, a Carminha.

Foi trágico, foi repentino, foi desesperador, mas eu não quero falar aqui de como tudo aconteceu, até porque não é com essa imagem triste que eu vou lembrar do meu anjinho canino. Prefiro falar da nossa história e de tudo que eu senti e pude viver com ela nos poucos meses que ficamos juntas. E do que eu gostaria de "dizer" pra ela agora, porque, maluquice da minha cabeça, ou não, eu sinto ela aqui comigo ainda. Seria algo mais ou menos assim:


"Tudo começou aquele dia na Suipa, quando, no meio de um monte de cães saltadores, latidores, e pedindo desesperadamente "me adote", você apareceu de relance e se escondeu debaixo da bancada. Ali eu tive certeza: 'é ela!'. Você era a cãzinha mais tímida daquele canil, e seu olhar assustado só me deixava com mais vontade de te pegar no colo e te levar pra casa. Você já veio batizada, e, todo mundo abria um grande sorriso pro seu nome incomum 'Carminha'. Mas você tinha cara de Carminha e assim ficou.
Chegamos em casa, te dei um banho frio e você logo escolheu seu lugarzinho debaixo do sofá. Logo no primeiro dia sozinha você já fez sua primeira (e única) grande bagunça. Mas como ficar triste com você, tadinha, trancada numa cozinha o dia inteiro?
Foi aí que você mudou pra sacada e ficou muito mais tranquila e feliz, com sua nova casinha que foi seu porto seguro sempre.
E, olha Carminha, você era uma cãzinha difícil! Desconfiada... Foram 3 semanas até você confiar em mim, abanar seu rabão (que era quase maior que você!) e começar a me seguir pela casa. Mas depois disso, você virou minha "cãopanheirinha", ao ponto de, até hoje, eu sentir você se enroscando nas minhas pernas pela casa.
E o quanto você é querida por todo mundo? Não havia uma pessoa que não se encantasse com sua carinha de cão sem dono, aquele olharzinho de baixo com as orelhinhas pra trás. Todo mundo que conheceu e conviveu com você se apaixonou pelo seu temperamento assustado, que depois de um tempo virava denguinho.
Aliás, seu denguinho rende um capítulo a parte! Meu Deus, que cã mais dengosa, você era. Vinha toda rebolativa de manhã cedinho, ainda meio dormindo, e quando eu chegava pertinho, você já se virava pra eu acariciar sua barriguinha rosada. Depois eu ia pro banho, você me esperava deitada na porta do banheiro. E quando eu ia pro quarto (onde você, muito obediente, nunca entrava, só quando era convidada), você ficava ali rebolando e ganindo como quem diz 'Mamãe, você tá demoraaaando!'.
Mas a maior alegria de todas era chegar em casa, e fazer a nossa festinha canina! A gente rolava no chão, corria pelo apartamento, você subia em cima de mim e me lambia o rosto. Isso quando não me dava uma patada que fazia meu óculos voar! Esse era o nosso momento, só meu e seu.
Outra felicidade imensa era levar você pra passear no aterro. Você ficava toda serelepe e faceira, porque lá era o seu quintal. Ah, e quando você ganhou sua toquinha? Eu fiquei morrendo de ciúmes, porque achava que você amava mais sua toca que eu (e me desfazer da sua toquinha foi a parte mais difícil...).
Às vezes eu pensava no quanto você me achava besta por te colocar um sem número de apelidos, todos sem sentido: Bizunga, Bizulunga, Buzunguinha, Rabocóptero, Bizunguitos sabor canino (?), Dengulosa, e por aí vai...
Olha, meu anjinho canino, eu espero que você tenha tido uma vida feliz comigo. Espero ter te dado dignidade e tranqulidade. Porque quando eu te adotei, foi pensando em fazer um bem pra você. Mas o que eu não sabia é que estava fazendo um bem muito maior pra mim. Te ter na minha vida, ainda que por tão pouco tempo, foi uma lição e tanto.
Você dependia inteiramente de mim, e foi a primeira vez em que vivi uma relação assim. E eu sempre quis te dar o melhor de mim, ser uma mãezona, ainda que não te deixasse subir no sofá ou entrar no meu quarto. (Aliás, queria que você soubesse, ainda que seja tarde demais, que, enquanto você estava lá na clínica lutando pra viver, eu prometi que se você não fosse embora eu te deixaria subir no sofá. E entrar no meu quarto. E subir na minha cama. E dormir comigo. Por favor me perdoe, eu sei que eu devia ter feito tudo isso enquanto eu tive a chance)
Minha buzunga, me desculpe se não fui a melhor mãe-de-canino do mundo, se te deixei sozinha em casa enquanto eu trabalhava. Mas eu tenho a certeza de que te dei o maior amor do mundo, mas, muito mais do que isso, eu aprendi o que é o amor puro, aquele que não exige nada em troca. E esse foi você quem me deu.
Muito obrigada por tudo.
Vai em paz."


"É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais..."




Fomos felizes. Minha cã e eu.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O mais importante do mestrado (ou: muito obrigada, queridos amigos!)

Esse negócio de estar em férias me deixa fervilhante de ideias e eu tenho vontade de blogar o tempo todo!
O que movimentou meu dia foi a divulgação da última nota que faltava para fechar o semestre no mestrado, e era justo a de Finanças. Hoje, logo cedo, a primeira coisa que eu vi quando acordei (às 6h30, diga-se) foi o email do professor divulgando as notas. E, sim, meus amigos, acabou tudo bem. Acabou tudo ótimo, aliás. Muito melhor do que eu poderia sonhar quando estava apavorada no início do semestre.

E depois de tanto ralar, e de colher o resultado de tanto esforço e superação (sim, porque, como vocês sabem, eu saí completamente da minha zona de conforto e fui estudar uma coisa totalmente nada a ver com a minha formação), eu penso em tudo o que aconteceu neste semestre e descubro que tudo o que eu tenho a fazer é agradecer. Sim, agradecer, porque se há algo deste período que vai me acompanhar no futuro, e que vai sempre me dar aquela nostalgia "dos tempos do mestrado" são as pessoas incríveis que eu conheci.

Engraçado que quando eu saí da faculdade, achei que tinha feito até ali todos meus amigos verdadeiros. Depois comecei o Cenpro e, numa convivência tão intensa de 13 meses consegui descobrir mais alguns amigos de fé. Nesta altura do campeonato eu já estava me convencendo que o ambiente acadêmico, que naturalmente favorece a colaboração, aproxima as pessoas. Diferente do ambiente de trabalho, que é bem mais competitivo e onde os interesses pessoais acabam se sobressaindo. Pra confirmar essa minha teoria, tive o prazer de encontrar pessoas maravilhosas neste primeiro semestre.

Eu sei que quando a gente resolve citar nomes corre o risco de cometer injustiças e de esquecer de alguém. Mas como o blog é meu e eu faço o que eu quero nele vou correr este risco pra falar de algumas pessoas que fizeram a diferença na minha vida neste período: tem as duas Aninhas (a Anna Maria e a Ana Cláudia) que são duas das pessoas mais doces que eu conheci na minha vida. Pessoas sempre de bem com a vida, de bom humor, com uma energia super positiva. Tem a Thais, uma guria muito determinada e centrada, sempre muito prestativa, com quem dividia minha indignações e meus papos sobre tudo, e com quem me identifico demais. Tem a Rebeca e o Fernando, o casal mais querido do mestrado, os dois super dedicados, com uma história que eu admiro muito. Tem a Helga, guria das mais inteligentes e com mais habilidades múltiplas que eu já conheci, que é tão diferente de mim - nós divergimos nos gostos sobre quase tudo! - e que eu acho que é por isso que nos damos bem! Tem a Malu, que veio do Rio Grande oposto ao meu, e que já mostrou que tem muita garra. Tem a Manu, uma das pessoas mais sinceras que já conheci!

E tem as duas criaturas que mais me deram trabalho neste mestrado: Mari e João! A Mariana é daquelas pessoas que desde o primeiro dia, na prova de nivelamento, dava a impressão de que já era minha amiga de décadas! Daquelas pessoas pra quem a confiança era algo implícito, eu já sabia que podia confiar nela sem nem mesmo saber nada da sua vida, só de olhar. Ela pode até dizer que Finanças ia ser bem mais difícil sem mim, mas só ela sabe (talvez não saiba, mas vai saber agora) o quanto me apoiou, me motivou, me deu energia quando eu mais precisei. Mariana é aquela pessoa que, se é tua amiga, vai até o inferno e volta pra te ajudar. Sabe "amiga de fé, irmã, camarada"? É ela! Ciumeeeeeenta que só, mas eu adorava o jeito que ela mandava eu e João ficarmos quietos na aula! Coisa de amiga-mãe... E o João, foi, talvez, a pessoa mais improvável que conheci nessa coisa toda de fazer mestrado. Improvável porque nos conhecemos lá no cursinho preparatório da Anpad, onde eu olhava pra ele e pensava "qual é a desse cara?". Não era exatamente um recém formado (fica tranquilo João, que não vou revelar tua idade!), um empresário... Por que esse cara queria fazer mestrado? Começamos a conversar nos intervalos das aulas (aliás, achei alguém que fala mais do que eu!), no fim das contas nos tornamos colegas na Puc, e hoje acho que posso dizer que ele é um dos meus melhores amigos. Não sei quem estava mais desesperado no começo do curso, eu ou ele! Morrendo de medo de tudo (ele não era muito chegado aos números e eu nunca tinha estudado nada daquilo) combinamos nos ajudar, eu nas Finanças, ele no Marketing. E que dupla dinâmica, hein? Foi ele que me ajudou a fazer com que todo esse esforço fosse muito mais leve, que dividiu comigo as aflições do "será que vamos passar?", do "será que vai dar tempo?", e que também me proporcionou muitas, muitas risadas MESMO! Saber rir até chorar? Pois é, ele é mestre dessa arte. E vive dizendo que eu é que sou engraçada! Vai entender?

No final deu tudo certo, passamos em tudo com louvor, e, sabe o que é o melhor de tudo? Cresci, mudei, e angariei todas essas pessoas lindas pra minha vida. Precisa mais?

Muito obrigada, meus queridos amigos, por fazerem parte da minha vida!


(Às vezes me dá uma tristeza de saber que agora cada um vai pra sua área de concentração e que, por isso, nos encontraremos muito menos...)

sábado, 2 de julho de 2011

Eça, mais que um restaurante, uma experiência

Nada melhor do que começar as férias em grande estilo. Como eu saí de férias ao meio-dia da sexta-feira (por que ao meio-dia? Porque eu quis!), uma ótima pedida seria um almoço especial.

Desde o ano passado (acho) que eu e minha amiga Márcia falamos sobre almoçar no Eça, o charmosíssimo restaurante que fica dentro da H. Stern no centro do Rio. E agora surgiu a oportunidade perfeita: como entrei de férias só encontrarei a Márcia novamente quando ela voltar de férias (ela sai quando eu voltar). Além disso, ela vai fazer uma viagem que é um sonho pra ela há muito tempo. Precisa de mais motivo? Não né?

Agregamos o Frias (olha só o privilégio. Pra ele, no caso) e lá fomos nós nessa ensolarada e agradável sexta-feira de inverno.



Eu esperava muito do restaurante, mas ele me deu muito mais. A comida é maravilhosa, o atendimento idem.
Vamos aos pratos: eu comi um risoto de linguiça de cordeiro, com mussarela de búfala, legumes e azeite trufado. Pára tudo! Que coisa mais maravilhosa é esse azeite trufado!! Sem contar a flor de sal para incrementar o prato. A Márcia comeu um lombo de cordeiro com palmito, batata e abobrinha. O Frias experimentou um filé mignon de vitela (que, assim como foie gras, é contra os meus princípios) com risoto de aspargos. Todo mundo ficou feliz com seus pratos! E, de sobremesa, um suflê de chocolate de comer DE JOELHOS! Era um bolinho assado na hora em uma caneca, com recheio cremoso. Até o café é imperdível, e vem com uns rolinhos crocantes de castanha. Na linha do "já que", experimentamos também os bombons de chocolate belga da casa.

Enfim, tudo lindo, tudo gostoso, uma experiência completa!

(a conta foi um tantinho salgada, mas valeu cada centavo!)

sábado, 28 de maio de 2011

Casamento e Cabo Frio - What a weekend!


Acabei atropelando um pouco a ordem dos acontecimentos e falando primeiro do show do Paul, mas no final de semana antes do show também teve agito. Desta vez em Cabo Frio.

Minha querida amiga Aline (pra quem não conhece, nós moramos juntas no primeiro ano aqui no Rio) foi muito mais rápida que eu (o que, convenhamos, não é muito difícil!) e resolveu casar. E, depois de muito tempo querendo conhecer sua cidade-natal (coisa que não foi possível no ano do Cenpro porque, bem, vocês devem lembrar do porquê), lá fomos nós!

Apesar do dia chuvoso, à noite o vento deu uma trégua e o "frio" também. O casamento foi liiiindo, em uma igrejinha bem pequena, e depois a recepção foi em grande estilo no Iate Clube. Achei o máximo que os noivos chegaram para a festa de barco, pelo deck do clube. Foi muito bom também reencontrar vários amigos do Cenpro, alguns que eu vejo sempre, outros que não via há séculos.



E no fim da noite rolou até um trash the dress (eu sei que normalmente é a noiva quem faz isso, but...) na praia, como vocês podem perceber pela primeira foto deste post. Rolou até uma corrida de 100m com vestido de festa e salto alto que ferrou com meu joelho eu estou pensando seriamente em sugerir como modalidade olímpica para 2016.

No domingo o sol até foi camarada e nos deixou conhecer a Praia do Forte - que já é linda à noite - com luz.



Cabo Frio, já me apaixonei, e com certeza quero voltar!

E felicidades aos noivos!!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não dá pra não falar

meus queridos e fiéis leitores;

Já é quase meia noite mas faço questão de escrever aqui hoje por dois motivos:

1) Aniversário da minha querida amiga (e leitora mais que fiel) Lisia, que é mais que uma amiga, é um presente que a vida me deu. Parabéns, minha flor, espero que teu dia tenha sido muito especial! (as fotos já estão defasadas, precisamos atualizar!)


2) 3 aninhos da minha formatura!! Peloamordedeus, se eu começar a pensar no tanto que minha vida mudou em 3 anos, em tudo o que aprendi, em todos os apertos que passei, e, principalmente, no quanto sou grata pelo alto nível da instituição onde estudei e por todas as portas que ela abriu pra mim, nem sei mensurar o quanto me emociono e sou feliz pela escolha que fiz ainda menininha lá em Erechim. Hoje tenho muito mais do que certeza que a Engenharia Química foi a escolha certa porque hoje ela é muito mais do que uma opção, é uma parte de mim, é o que me propiciou chegar onde estou hoje e é a base para o que eu pretendo ser no futuro.

sábado, 20 de março de 2010

Seja bem vindo, Marcelo!

Nasceu o Marcelo, filho da minha colega Montserrat.

Ele é muito lindo, nem nasceu amassado, já tem cara de gurizinho!!

E é claro que as titias e o titio Luizinho já foram lá conhecer ele e começar a corujice!


terça-feira, 16 de março de 2010

Passou e eu nem vi...

Fiz dois anos de RJ dia 10.
Parece que foi ontem.
Parece que já moro aqui há uma vida.

Retrospectiva em vinte e poucas fotos...






terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Teeeeem........ Mas acabou!


Então as férias terminaram, e elas sempre terminam muito mais cedo do que desejamos...
Neste caso, só resta ver as fotos dos dias em que dava pra dormir muito, comer fora de hora e curtiiiiir!

Primeiro de tudo, apresento meu sobrinho, o Cauã, e já vou avisando que ele é a coisa maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais querida e fofa e linda desse mundo, e que eu sou a tia maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais babona desse mundo!! Mas com motivo, dá uma olhada:

Não consegui decidi qual foto gostei mais, com ou sem beicinho, então deixei as duas aqui!


Titio babão! Acho que o Zeca leva jeito pra coisa, que tal?


Detalhe pra minha cara de pavor de quem acha que vai quebrar o nenê no meio

Nessa hora ele tava fazendo pups! hahaha Hora de devolver pra mamãe!


Agora voltando nas festas, primeiro a temporada em Erechim:

Essa foi antes da formatura da minha grande amiga Fabi, a mais nova nutricionista do pedaço


Não vou contar pra ninguém que me abaixei um pouquinho pro Claudio ficar, digamos, mais alto!


E essa é minha irmã produzida por mim!!

Agora as fotos do aniversário da minha irmã:



E, como não pode faltar, o álbum da Kuki, minha cocker véinha de 10 anos:




E, finalmente, o Natal, com suas fotos tradicionais!




E depois em Teutônia, no fim do ano:

Que tal, cozinhando sem perder o estilo!


O fotógrafo Zeca ficou orgulhoso com meu pratinho de caminhoneiro...


Brinde, brinde, brinde!


2 anos e meio depois da minha formatura e eu abrindo de novo uma Conde de Foucauld, que periiiigo!


É, acabou-se, eu já to com uma saudade do meu Rio Grande, mas, confesso, depois de três semanas, já estava com saudades da minha casinha aqui no Rio. Que bom, é assim que tem que ser!

Ah, e aquele lugarzinho lindo da primeira foto? É na casa da minha irmã e do meu cunhado na barragem do Rio Uruguai.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mais festas de fim de ano!!! Tá só começando!!!!

Aproveitando este momento de insônia pós festa, vou postar fotos tiradas do forno ainda agorinha!!

A festa acabou de acabar, então só tem algumas fotos aqui. Por isso este post ainda será ampliado no futuro!


Então aí vai, amigo secreto com meus amigos do Rio!!

Ganhando presente da inimiga secreta Michelle

E agora da amiga secreta Michelle!

Abre, abre, abre!

Meu presente (detalhe pra minha cara de "uhuhu")!

Minha vez de dar presente!

Pra Martita!!

Coincidência ou destino? Carol e eu com presentes igualmente fofos!

Fim de festa, Zeca e eu.

Pronto!

Estou sem pressa pra dormir.
Porque já é domingo, não tem prova segunda, e eu tô de férias!
Que vida boa...

Contagem regressiva pra viajar pra minha terrinha querida... Tanta saudade...
Agora falta pouco.
Esse ano tem muita coisa pra acontecer: formatura da Fabi, aniversário da mãe e da mana (tá, esses têm todo ano) e nascimento do meu primeiro sobrinho, o Cauã.

Manda a chuva e o frio embora que eu tô chegando!!!
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