domingo, 25 de janeiro de 2009

Being lonely

Hoje, como prêmio por ser uma boa menina e ter estudado das 7h da manhã às 11:30, me dei o direito de ir almoçar no shopping.
De modo que, na minha cabeça eu deveria voltar logo depois do almoço, pra seguir a agradável tarefa da manhã. Mas não é tão simples, ainda mais quando há um cinema no caminho e uma enorme vontade de assistir a um filme.

Não que esteja há muito tempo sem ver filmes: na sexta à noite vi logo dois: A Vida dos Outros e My Blueberry Nights, e, aliás, recomendo os dois. Só acho que Jude Law poderia aparecer mais no segundo.

Enfim. Fui ao cinema. E bem feliz porque peguei a seção das 14h, que é mais barata. Fui achando que sairia por umas 16h, daria tempo de andar de bici antes de voltar aos estudos.
Só que eu não sabia que O Curioso Caso de Benjamin Button levaria 3 horas! Três deliciosas horas...
E, como acho que foi a intenção de quem fez o filme, saí de lá pensativa.

Pensei sobre a solidão. Sobre a finitude das coisas.
E sobre como essas duas condições podem se juntar para tentar resolver as coisas.
Explico.

Eu me sinto sozinha aqui no Rio. Não tenho aqui meus bons amigos que ficaram lá no sul.
Nem meus amores.
Eu consigo fazer diversas coisas sozinha, como ir ao shopping almoçar, assistir a um filme ou tomar um sorvete. Me divirto com isso inclusive. Só que não consigo fazer nenhuma dessas coisas sem pensar como seria melhor se não estivesse sozinha.
Sinto vontade de tecer comentários, de rir bem alto.
Mas só o que faço é conversar comigo mesma e rir por dentro.

Lembro de quando minha irmã saiu de casa. Ela me falava dos domingos lendo Zero Hora, ou passeando no shopping, ou dando uma volta no parque. Sozinha. E era visível o quanto ela estava infeliz com esta situação. Sua solidão era tão palpável que chegava a doer em mim. Eu me perguntava, "como ela aguenta"?
Me sentia culpada por visitá-la tão pouco, sendo que ela morava tão perto. Sempre achei que não conseguiria lidar com semelhante estado...

Pois aqui estou eu. Não é tão difícil; mas fácil também não.
E aqui entra a finitude. O que me leva a caminhar adiante e a tentar aproveitar estes momentos comigo mesma, é pensar que isto vai terminar. Nada dura pra sempre, nem o bom nem o ruim.

Assim, devagarinho, vou me conhecendo um pouco mais. Meu medo é me fechar demais no meu casulo, afinal, ele anda ficando cada vez mais confortável, não me sufoca como em outros tempos em que eu sentia necessidade de ficar o tempo todo rodeada de gente. Estar sempre com alguém do lado, discutindo frivolidades é a maneira mais fácil de fugir do olhar para dentro, de desviar do medo do que pode-se encontrar lá.

Acho que a solidão é necessária, por mais que doa um pouco.


I miss you. All of you. All the time...









Por favor, um Oscar para Brad Pitt.

3 comentários:

Cris Moreira disse...

We miss you too, sugar!

Beijo

Mas aguenta firme que a gente fica aqui de longe, te olhando!

Dani disse...

Eu saí da sessão meio estranho, pensando mais ou menos nas mesmas coisas... mas no fim, foi bom ter sido meio que forçado a pensar um pouco na vida.

Bom saber que a dica valeu a pena!
=)

Anônimo disse...

A-mei o filme também!
E faço coro pelo Oscar do bonito!

ah,
Adorei também estar aí nas tuas fotinhos de gente-amiga-especial. E tu sabes que a saudade é enorme é recíproca.
(mas foi no Barra ali do lado de casa - vi o Girafas ao fundo - e nem me avisou que estava aqui. Mais uma vez!!! Assim não acredito nas tuas saudades fajutas!)

Beijo, flor!

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