domingo, 1 de junho de 2008

Um final de semana para os pequenos prazeres

Como eu havia dito no último post, as coisas estão voltando ao seu ritmo normal depois do furacão chamado Balanço de Massa e Energia (normalmente dá-se nome feminino a este tipo de manifestação da natureza, mas neste caso é digna a abertura de uma exceção, só para confirmar a regra).

Seguindo nesta linha, começou um final de semana com tudo para ser totalmente chato e tedioso:
uma prova complicada na terça e previsão de chuva e queda nas temperaturas.
Pra começar bem, voltei pra casa na sexta à tarde no meio de um temporal daqueles em que não vale nem a pena abrir o guarda-chuva, é pura perda de tempo.

O mau humor já poderia começar neste momento, mas para contrariar qualquer previsão pessismista parei na ínfima cobertura de uma barraquinha de churros e ali fiquei comendo, bem tranqüila, enquanto todo mundo passava correndo, fugindo da tormenta.
Pra completar passei no mercadinho e peguei pipoca e bolo de chocolate, fui pra casa, encharcada, tomar um banho quente, comer e dormir um pouco (tá, não foi um pouco, dormi até sábado!).

Já no sábado, acordei e fui fazer as unhas! Bem coisa de dondoca mesmo!
É bom ser dondoca às vezes. E eu já estava com saudades de fazer as unhas; minha manicure, coitada, ficou umas duas semanas em casa, com dengue (é, isso também é o Rio de Janeiro...).
Depois, para fechar com chave de ouro a peruagem, fui às compras, aqui em copacabana mesmo, pois aqui tem lojas ótimas! Almocei com os guris; comemos churasco, e então só me restou dormir longamente durante a tarde.

Hoje acordei com o barulho de chuva, o que, inicialmente, acabou com os meus planos de caminhar na praia antes de começar a estudar...
Nisso lembrei que a Cris tinha perguntado se eu não queria fazer uma participação no Uma Imagem por Dia, e lembrei também que eu esperei até o final de semana para fazer a foto para mandar, esperando que fizesse um lindo dia de sol. Meio sem opção, acabei tirando fotos do que achei que seria o meu dia, e mandei pra ela estas fotos aí embaixo...

A vista da minha janela

Eu e meu vício que nunca quero perder

Porém, eu que sou uma pessoa normalmente inquieta, não pude me conformar em ficar em casa enfurnada mais um dia, sendo que não via a praia há algumas semanas...
Pensei "mas vou passear justo hoje, com toda essa chuva?" - eu detesto me molhar na chuva. "why not?"

E lá fui eu, com uma câmera e um guarda-chuva na mão, disposta a fotografar tudo o que faz parte do meu mundo aqui no Rio, e o que esta cidade pode oferecer num dia chuvoso.

Comecei fotografando meu elevador, que tem uma porta pantográfica (eu não sabia que o nome era esse, só descobri quando li a plaquinha de "cuidado, porta pantográfica". Eu acho isso totalmente fora dos padrões de segurança... então, como deve ser uma coisa em vias de extinção, vale o registro!)

Depois passei por um boteco que todas as vezes tenho vontade de entrar... só que todas as vezes que sai de casa pensando "vou lá" estava lotado... um dia eu consigo!
Eu adoro o nome dele, simples e original.


Caminhei até a praia, onde me deparei com um adorável cenário de praia limpa e vazia... ah, poderia ser assim mais vezes. Menos turistas, menos ambulantes, menos pivetes. Quanto prazer em andar por uma Copacabana livre e tranquila...




Aproveitei que o domingo é o único dia que dá pra parar no meio da Avenida Atlântica e tirar uma foto. E com chuva reduz a praticamente zero o perigo de ser atropelada por crianças-bicicletas-skatistas-patinadores-etc ao fazer isso!


Olha eu aí com meu guarda-chuva!


Quase meio-dia, a fome batendo, resolvi parar num quiosque da beira da praia e comer.
Parei numa creperia onde sempre tive vontade de comer. E fui estranhamente BEM atendida! (será que foi porque eu era a ÚNICA cliente?)


Saí de lá e não resisti ao ver uma loja da Kopenhagen aberta! Tive que parar pra tomar um expresso... Bom, vou deixar a imagem falar se estava bom...


Não é à toa que está aí há tanto tempo e faz tanto sucesso!


Terminando o passeio, fui no "pseudo-Zaffari" (leia-se Pão de Açúcar) que é um lugar que gosto muito de ir, sempre com coisinhas-gostosas-diferentes.

Primeiro uma das minhas prateleiras favoritas, onde estão os produtos desta marca Casíno que são caros, mas deliciosos!
Meu carrinho, com bisnaguinhas de jacaré e só coisas muito nutritivas - aham! (no dia que eu precisar alimentar uma família eu começo a me preocupar com as coisas que eu compro no supermercado... vou aproveitar enquanto posso comprar muitas porcarias!)
Andando pelo mercado com meu carrinho...
Ahhhhh café! Eu amo esta seção!
E aqui tem muitos muitos muitos tipos!

Esta seção é meio bizarra, mas faz um colorido bonito...

Enfim, voltando pra casa, resolvi fotografar a pracinha do Bairro Peixoto (dentro de Copacabana é um nicho de tranqüilidade e de pessoas passeando com crianças e cachorros, estes últimos responsáveis por aumentar consideravelmente a probabilidade de se pisar em cocôs na região) que é um lugar por onde passo todos os dias indo e vindo do trabalho. Tem até chafariz!

Agora sim, depois de conseguir sentir que este foi um dia muito bem desfrutado, acho que posso tentar estudar um pouco sem me sentir a única injustiçada que tem que ficar em casa estudando!
That's all folks!

Ah, a trilha sonora.
Lembram que no post que eu me queixava da "não" vida que eu estava levando, e coloquei um trecho de uma música do Nando Reis sobre coisas que não aconteceram?
Pois bem, a mesma música tem outro trecho, sobre coisas que ACONTECEM.
Paradoxal, e, assim como tudo na vida, depende muito do ponto de vista:

Eles Sabem - Nando Reis
"
O ar que trouxe tarde pr'aqui dentro frio
E o guardanapo sujo que foi muito amassado
O som que encheu o quarto vindo do seu riso
E a água que deixou o seu rosto molhado

Eles sabem porqu'eu
Amo seus lábios
Lavam os meus
Se calam num beijo:

- eu te convido."

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