sábado, 7 de maio de 2011

E o show do U2, hein?


Apesar de a minha vida estar virada do avesso entre estudos (=/) e viagens (=D), precisei arrumar um tempinho pra compartilhar com vocês os momentos intensos que 2011 vem proporcionando. Eu levei uns dias até conseguir concatenar a emoção que foi o show do U2. Não foi um show. Foi um espetáculo. Foi uma coisa fora do comum.

Começando do começo. Saímos do Rio no sábado de manhã. Nós e a torcida do Flamengo, todos rumo ao Morumbi. Detalhe irrelevante para a história: estavam no nosso avião Michel Telo e sua trupe (aka “fugidinha”). Pensei: pqp, essa merda vai cair. Mas não caiu, ufa! Chegamos em são Paulo, deixamos as coisas no hotel e lá fomos nós, umas 14h, pro Morumbi. O taxista nos deixou no Portão 2, mas o fim da fila estava láaaaa do outro lado do estádio. Enfim, pensei eu, não havia nenhuma pretensão em ficar perto do palco, eu já tinha desistido disso há muito tempo, visto que tinha gente acampada há dias em frente ao estádio, e a grade que separava a pista do Red Zone (área vip) certamente seria tomada por estas pessoas e pelas outras milhares que estavam na nossa frente na fila. O portão abriria às 16h, então tínhamos ali 2h de fila pra encarar, depois mais 4h dentro do estádio até o início do show de abertura. Ali na fila conhecemos a Luísa e a Fernanda, que no fim viraram nossas amigas de infância naquelas longas horas de espera até o show. Também teve a ativista do Greenpeace que veio nos pedir pra assinar uma petição contra a energia nuclear. Opa, bateu na porta errada. Os argumentos dela caíram um a um, tadinha... Também aproveitei que o sol estava a pino e comprei uma capa de chuva de R$5,00. porque, sinceramente, eu tinha certeza de que ia chover! Surpreendentemente, os portões abriram antes das 16h. A fila andou bonitinho (ponto pra organização), não implicaram com a nossa mochila (que tinha casacos e bolachas), só tivemos que nos desfazer da garrafa d’água. Mas quando entramos no estádio, ah meu Deus, quando entramos no estádio! Eu fiquei uns 5 minutos tendo uns chiliques: nós estávamos DO LADO DO PALCO, NA GRADE QUE SEPARAVA A PISTA DO RED ZONE!!!!!!!!!!! Ah, eu quase chorei! Pra quem estava conformada de vê-los pequenininhos, ou só pelo telão, aquilo era DEMAIS! Eles iam tocar ali, do nosso lado, pertinho, ia dar pra ver a cara deles (Pausa: neste ponto, quem não é fã – de alguma coisa, não necessariamente do U2 – deve estar pensando “que babaca essa guria”. Bom, pra esses, a porta da rua é a serventia da casa. Fim da pausa). Passado o êxtase inicial, mais 4 horas de espera. Primeiro conseguimos sentar no chão, por mais ou menos 1 hora. Depois, foi enchendo e não deu mais pra ficar sentado, então ficamos em pé, ali, esperando. O show de abertura, da banda inglesa Muse estava marcado pras 20h. Pois 19h55 as luzes apagaram e a banda entrou (mais um ponto pra organização). Nessa hora começou a chover (e vocês podem imaginar o tamanho da valorização das capas de chuva!). O show da Muse foi muuuuuito bom, eu nem conhecia, mas já passei a gostar. Eles fizeram uns 40 minutos de show. Depois disso, mais 1 hora de espera para a troca dos instrumentos e preparação do palco (que estava empoçando água até dizer chega). E, lá por 21:45 começou a tocar “Trem das Onze”. Foi mais ou menos quando a chuva parou. Depois a luz apagou um por umas ‘janelinhas’ no telão, eles apareceram!!! Histeria total, todo mundo pulando e gritando. Aí com a injeção de adrenalina, tudo passou: as dores nos joelhos e nas costas, o cansaço, a sede, e a partir de então foram mais de 2 horas em outra dimensão. Nós pulamos, cantamos, gritamos. Teve tantos pontos altos no show que eu não sei se consigo enumerar tudo... Pra mim a hora mais emocionante foi quando tocou Walk On e, na sequência, One (pra quem não sabe o porquê destas músicas mexerem tanto comigo: eu tenho 3 tatuagens. A primeira, um singelo “Love” na nuca, era pra ser “Love, the higher law”, que é um trecho de One. A segunda, é “Walk on” tatuado no pé. Walk on foi a música da minha formatura. Ela representa um momento de transformação muito profunda pra mim. Meu mantra é “walk on, what you’ve got they can’t deny it, can’t sell it or buy it” – algo como “siga em frente, o que você conseguiu ninguém pode negar, vender ou comprar”). Chorei, sim. Também teve a hora, em “Where the streets have no name” que todo mundo encheu balões nas cores da bandeira do Brasil. No final, todos soltaram os balões, que voaram pra cima do palco, foi muito bonito! O telão em 360° era uma atração por si só. A definição era tão alta que dava pra contar as rugas na cara do Bono! Teve também a hora em que o Bono puxou uma menina pro palco... Aí eu pensei “aí está a sutil diferença entre pagar R$200 e R$1000 por um ingresso...”.

Enfim, eu consegui entender perfeitamente porque eles vendem 90 mil ingressos pra três shows, e lotariam aquelee estádio pra mais quantos shows eles quisessem fazer. Foi, sem dúvida, o show da minha vida. E, com certeza, estarei no próximo, na pista vip!
A hora de ir embora foi tranqüila, a saída do estádio foi rápida (mais um ponto pra organização), apesar de um temporal começar a desabar tão logo saímos de lá. Além de tudo, ainda ganhamos uma carona da Luísa e da Fernanda, pouco queridas?? (não queiram saber quanto os táxis estavam cobrando!!!).
Chegando no hotel, tomei o melhor banho da minha vida e capotei. Passei uma semana meio quebrada, mas na certeza de que repetiria tudo outra vez!

E, agora, adivinha? Vamos assistir Paul McCartney no dia 23, já estamos com o ingressos para ver Drexler no Rock in Rio (sim, eu vou no Rock in Rio só pra ver Drexler, me deixa!!!!) e tô só esperando abrir a venda de ingressos pro Pearl Jam! Definitivamente, 2011 é o ano dos shows!

2 comentários:

Unknown disse...

Cissa, se quiser um playlist do muse, eu te passo, já curto eles faz uns 5 anos, desde o live eight q eles fizeram em paris e passou na MTV.

Agora, tenho medo do show do Paul, comparando a qualidade de serviço de Sampa e aqui. Mas "tamo" la...

Bjus

Cissa disse...

Oi Luciano!

Quero o playlist sim, é sempre bom saber por onde começar! Me manda?

Nem me fale, ir de trem já me deixa meio tensa, ainda mais que vai ser na hora do rush da segunda-feira... Qual dia tu vai? Eu vou de pista.

Bjs

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