sexta-feira, 27 de maio de 2011

Paul McCartney no RJ - Eu faço parte dessa história

E segunda foi o show do Paul. Só que de sir Paul McCartney você não espera um simples show. Você espera fazer parte da história. E assim que foi.



Começando do começo, palmas para a organização! Eu estava completamente desconfiada de que pegar um trem da Supervia às 6 da tarde de uma segunda-feira poderia não ser, assim, um boa ideia. Eu só pensava em não perder minha dignidade no trem, e todas as pessoas tinham alguma história horripilante pra contar sobre o trem. Mas o Zeca ouviu que haveria operação especial para o show, e lá fomos nós. Não só havia operação especial, como havia trens exclusivos para o show, indo direto para o engenhão. Fui sentadinha, na maior dignidade, e até dormi no caminho.

Chegando no Engenhão, era só atravessar um passarela e entrar na fila, que àquela hora, estava bem pequena. Entramos no estádio com tranquilidade e nos sentamos no chão (nosso ingresso era de pista) bem próximo à grade que separava a área vip do resto da pista. Aqui, um pouquinho de decepção: a área vip não era tão vip assim e era enooooorme, fazendo com que a pista comum ficasse bem longe do palco. Ainda precisávamos esperar umas 3 horas pelo início do show, e a ideia era ficar sentada tanto quanto possível, pra evitar as dores no joelho/coluna que experimentei no show do U2. Lá pelas tantas a pressão do povo fez as pessoas levantarem. Mas aí eu percebi que a faixa etária que curte Paul é bem diferente da que curte U2. Ou bem mais velhos, ou gurizada. E ali na pista os velhinhos eram poucos, o que nos deixou à mercê de adolescentes fumando maconha, muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita maconha, jogando fumaça na cara de todo mundo e se achando os donos do mundo. Muuuuuito empurra-empurra, tanto que estava quase desistindo de ficar lá, estava quase querendo ir embora do show, porque não tava dando pra aguentar a marofa e os ímpetos adolescentes da massa.

Mas aí o show começou. Com pontualidade britânica - o que mais poderia esperar? - sir Paul entrou no palco às 21:30 e logo ganhou o público com sua simpatia, falando português e, principalmente fazendo o que ele sabe fazer há zilhares de anos: um autêntico show de rock. Sua vitalidade e a naturalidade com que ele sobe ao palco são realmente contagiantes! Foram 33 músicas, em 2h30 de show.

O que marcou pra mim? Let it be, for sure! Eu só fui neste show pra ouvir Paul McCartney cantando Let it be. Foi demais, chorei de emoção (sim, eu choro em shows, tudo bem? Me deixa!!!)! E, pra me matar do coração, na sequência de Let it Be entrou Live and Let Die, e, muuuuuitos fogos de artifício. Ah também teve muito "na na na na na" em Hey Jude. Teve sgt. Peppers, teve Imagine. Teve muita coisa. Teve a história ali na frente dos meus olhos, e eu fiquei extasiada de ver um Beatle tocar, ali, na minha frente.

Iria de novo? Sem dúvida. Mas agora já poderei contar aos meus filhos e netos (que certamente curtirão Beatles): Eu fui no show do Paul McCartney; eu fiz parte desta história!

PS.: Por que eu queria tanto Let it Be? Por isso:


Got it?

2 comentários:

Tecnologia Líquida disse...

When you were young and your heart was an open book, You used to say live and let live...
But if this ever-changing world in which we live in makes you give in and cry, say live and let die!!!
Bjs.
João

Cissa disse...

Me arrepio só de lembrar dessa hora!
\o/

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