E eu, como uma boa pessoa
Nas últimas semanas eu estava extremamente irritada, cansada, mal humorada, sem ânimo, sem pique, com sono, tanto que nada poderia me agradar. Estava surtando e só o que eu conseguia pensar era "vamos lá, Clarissa, só mais um pouquinho". Pudera, um ano que começou com "vamos comprar um apartamento?" e terminou com "vamos fazer mestrado?" não tem como ser considerado um ano qualquer. Mas, desde hoje, mais ou menos meio dia, os nós foram desatando e a nuvem negra sobre a minha cabeça foi dissipando, até que às 17h eu achei que ia sair pulando e abraçando todo mundo, só pra gritar pro mundo: ESTOU DE FÉRIAS!!!!
Nunca um período de férias foi tão desejado. Poucas vezes precisei tanto estar entre os meus, abraçar muito minha família e me sentir em casa. Este ano foi casca grossa pra mim. Acho que definitivamente perdi a fé na humanidade e parei de acreditar em tudo o que as pessoas me falam. Enfim, deixei de ser ingênua. Porque eu sempre partia do princípio que todo mundo merecia uma chance, mas agora meu filtro está mais rigoroso. E também parei com esse negócio de tentar agradar todo mundo. Agora é assim: não gostou? Entra na fila, meu filho.
Fora isso, meu corpo também me barrou um pouco esse ano. Ele disse "peraí, mocinha, não dá pra abraçar o mundo desse jeito!". O ritmo frenético dos acontecimentos me derrubou algumas vezes.
Apesar disso, nem tudo são espinhos e eu sou muito grata por tudo o que tive força para fazer este ano, e também por todos os que me ajudaram a fazer por onde. Tive oportunidades interessantes no trabalho, inclusive com a possibilidade de fazer mestrado, estou morando com o Zeca no nosso apartamento, reconheci quem são as pessoas que valem a pena e reavivei amizades que estavam esquecidas.
Enfim, dever cumprido, adeus ano velho e agora eu só quero saber de sombra e água fresca.
Rio Grande do Sul, here we go!
E que venha 2011!
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