domingo, 3 de julho de 2011

Uma nota atrasada sobre Comer, Rezar, Amar

Esclarecendo: sobre o livro.
Por isso esta é uma nota atrasada.



Flertei muito com esse livro antes de aceitá-lo e resolver ler suas páginas. Meu primeiro olhar sobre ele foi em 2008, quando resolvi comprá-lo como presente para uma amiga. O caso foi que demorei mais de um ano para encontrar novamente essa amiga, e, muitas vezes, pensei em desistir de dar o livro e ficar com ele pra mim. Mas quando este pensamento me ocorria, eu rapidamente sentia uma incrível vergonha por ter sequer pensado nisso, afinal, era um presente e não poderia deixar de ser.

Porém, o fato de manter o livro no armário, mesmo que ele não fosse meu, me impedia de ir até a livraria e comprar um só pra mim (quem me conhece sabe que, se há uma coisa que me faz sentir ciúmes está coisa se chama livro. Eu gosto de tê-los, às vezes rabiscá-los, mas esse é um direito única e exclusivamente meu. Só empresto em casos raros e para pessoas raras). Não sei bem explicar porque, mas, com o livro ali, ao mesmo tempo disponível e ocupado, eu sentia que não podia ter outro exemplar. O impasse começou a se resolver quando finalmente encontrei minha amiga e dei o livro a ela. E, em seguida, ganhei outro da minha irmã! Pronto. case closed.

Porém, ler este livro não poderia não ser outa novela. Comecei a ler ano passado, já até falei dele aqui e aqui, e, quando estava a mais ou menos 1/3 do final, começou o mestrado, e, bem, só consegui terminar agora, já em férias.

O caso é que, neste período, escutei muitas opiniões tanto sobre o livro quanto sobre o filme (que só agora pretendo ver, e, mesmo com muitas opiniões contra, não dispensarei Javier Bardem assim tão fácil!) e que, muitas delas, vinham de pessoas que abandonaram o livro pela metade porque o julgaram muito triste e depressivo. Como eu só largo um livro pela metade quando esgoto a última disposição de ler, resolvi ir até o fim, mesmo concordando em parte com a opinião destas pessoas. Realmente, o primeiro terço do livro é difícil, a história é triste. 

Mas, agora que li tudo até o final, é que eu consegui entender que este é um livro que não pode ser deixado pela metade! É uma história de transformação, e quem lê só até a metade vai ficar só com a lagarta, sem nunca conhecer a borboleta. Esta é a minha maneira de dizer que o livro é lindo, e que eu li ele em partes (o que não me agrada nem um pouco), mas que eu acho que acabou fazendo com que eu me identificasse e me apaixonasse mais por ele. Eu também estou passando por uma transformação (no fim das contas, todos estamos, afinal, a vida está passando e precisa ser mais que a simples soma dos dias) e entendi perfeitamente essa mulher que saiu pelo mundo em busca do autoconhecimento.

Dizer agora "leiam" acho inadequado, talvez porque todo mundo já leu e já tem uma opinião a respeito. Essa é a minha, e eu não podia deixar de registrar, porque eu adoro quando um livro mexe assim comigo, e fica marcado na minha vida na galeria de livros que eu amo.

PS.: Se alguém quiser me dar "Comprometida" de presente.... eu aceito!

6 comentários:

Andrea disse...

Eu AMEI esse livro, tanto que o devorei em poucos dias. A transformação dela conquistava a cada linha, até seu final feliz. Já li Comprometida e é bem diferente. Vale pelas análises que ela faz do conceito de casamento em diversas culturas. bjs

Ah~, não tem como deixar de ver o filme por vários motivos, inclusive pelo Javier Bardan.

Helga Campos disse...

Eu O-D-E-I-O esse livro... o prob nao é a transformacao da mulher, é o jeito de escrever da autora! nao gosto de como ela escreve e ponto final!!! Parei no fim da itália...

Agora o filme é mto lindo!!

E posso até voltar a ler, dpois de acabar os 150 na fila, hehehe

Tecnologia Líquida disse...

Livro de mulherzinha, livro de mulherzinha, livro de mulherzinha!!!!

Cissa disse...

Pois é, esse livro, pelo que pude perceber, é "ame" ou "odeie". Eu acho, Helga, que se você passar da Itália, vai começar a gostar... Dea, eu amei demais, até porque comecei a praticar yoga bem quando comecei a ler o livro, então me identificava a cada linha! João, sem comentários pra você! hahahaha Eu SOU mulherzinha!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Eu gostei bastante do livro. Me identifiquei desde o princípio apesar de nunca ter nem chegado perto de uma depressão daquelas. Mas pensei que se seguisse a mesma linha dela ia ficar assim. Eu precisava tomar umas decisões na época que estava lendo e tomei. Engraçado que a parte que mais gostei fio da Itália! Acho que por ser uma comilona. O Rezar foi o mais sofrido de ler para mim. Muito blá blá blá que eu achei meio forçado. E o amar é divertidíssimo.
O filme como não poderia deixar de ser é superficial, vários dilemas não aparecem, ou aparecem como memórias que eu duvido que quem não tenha lido o livro entenda.
Bom, vou parar por aqui que o comentário está quase tão grande quanto o seu post!! Bjo.

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