terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pra espantar a tristeza

Tem só mais três coisas que eu quero falar sobre minha cã:

- pra mim (e pra várias pessoas que também notaram isso) ela veio pra minha vida pra cumprir uma missão. E quando essa missão terminou, ela foi embora, se retirou. É difícil, dentro da nossa cultura, aceitar a morte. Mas nem sempre o nosso tempo é o tempo do universo, e, se ela foi embora agora, é porque tinha que ir. 

- quero agradecer imensamente às pessoas que ajudaram naquele dia tão difícil: o time de futebol que tentou cercar, a menina que pegou a Carminha no asfalto, o guri que nos deu a garrafa d'água, o taxista que não hesitou em nos levar pra clínica, a toda equipe de enfermeiros e veterinários que fizeram de tudo pra salvá-la, a enfermeira que cuidou do Régis (que ficou todo arrebentado) no hospital, a Mari que prontamente providenciou a doação das coisinhas da Carminha pra ajudar outro cãozinho de rua e a todos os amigos que se solidarizaram com este momento difícil.

- escutei alguns comentários do tipo "tudo isso por causa de um cachorro?". Sobre isso, só uma constatação: não confio em quem não gosta de bicho.

A vida anda sendo um tanto dura comigo ultimamente. Mas é claro que existem compensações. É claro que, como eu aprendi na yoga, "isso também passa". Então vou deixar aqui uma musiquinha bonita, pra espantar a tristeza.




Pra Sonhar (Marcelo Jeneci ) 

Quando te vi passar fiquei paralisado 
Tremi até o chão como um terremoto no Japão 
Um vento, um tufão 
Uma batedeira sem botão 
Foi assim viu 
Me vi na sua mão 

Perdi a hora de voltar para o trabalho 
Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei 
Mil coisas eu deixei 
Só pra te falar 
Largo tudo 

Se a gente se casar domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra sonhar 
Pra sonhar 

O que era sonho se tornou realidade 
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem, 
Nossa Jerusalém, 
Nosso mundo, nosso carrossel 
Vai e vem vai 
E não para nunca mais 

De tanto não parar a gente chegou lá 
Do outro lado da montanha onde tudo começou 
Quando sua voz falou: 
Pra onde você quiser eu vou 
Largo tudo 

Se a gente se casar domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra contar 

Domingo 
Na praia, no sol, no mar 
Ou num navio a navegar 
Num avião a decolar 
Indo sem data pra voltar 
Toda de branco no altar 
Quem vai sorrir? 
Quem vai chorar? 
Ave maria, sei que há 
Uma história pra contar 
Pra contar

5 comentários:

Joanna Renner disse...

Achei que agora ias compensar as minhas lágrimas anteriores mas ao invés disto me levou de novo aos olhos mareados. E fiquei pensando que depois de dias sem nos falarmos aquele dia pensei em ti diversas vezes enquanto voltava pra casa... ♥ e sim, ela veio pra cá pra te cuidar, e não só tu dela. ♥♥♥

Cissa disse...

Hoje não tô muito boa em evitar as lágrimas... Nem as minhas, nem as tuas. Engraçado, né? às vezes tem coisas que nos fazem lembrar de alguém como se fosse "do nada". Eu lembro que tu me mandou um whatsapp e um tuíte dizendo que tava com saudades, e naquela hora eu tava chegando na clínica... Até arrepiei agora!

Joanna Renner disse...

Sendo que eu só mandei quando eu cheguei em casa, depois de sair de guaíba, mas foi no caminho que lembrei de ti!... tb arrepiei.. ainda bem que nos vemos em menos de um mês \o/ E JÁ TENHO UMA SEGUNDA IDA! depois te conto! beijos

Cissa disse...

Oba! To curiosa! Beijos

Anônimo disse...

é... certas coisas são dificeis de serem aceitas ou entendidas em um primeiro momento, de imediato. mas quando o coração acalma um pouco, a gente percebe...
naquele dia, muita coisa mudou em mim. a começar pelo dengo da buzunguinha logo que chegamos em casa. e depois, quando estávamos esperando meu raio x, e foi quando me disse aquilo - que ela tinha uma missão, e quando ela soube que tinha cumprido, percebeu que era hora de ir - eu senti uma pontada no peito, e chorei no seu colo igual criança.
daí o coração acalma, e a gente percebe que sim, muito provavelmente tenha sido isso. como também me disse, são momentos assim que a gente mostra quem realmente somos.
e eu cairia outras tantas vezes e me arrebentaria outras mais, eu faria tudo de novo e igual se fosse preciso. que a gente não precise, mas sim, farei sempre. pois meu coração manda eu ser assim.
e como sabe, sempre ouço o que ele tem a dizer.
simples assim.

te amo mesmo. e tô junto com você, sempre.

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