domingo, 10 de julho de 2011

Pensamentos insones - a yoga na minha vida

Insônia está me acometendo nessas férias. Quando eu achava que mais ia dormir na minha vida, cá estou eu, acordadíssima, mais de 2h da manhã.
Vocês podem me dizer: "por que não vai ver a vida lá fora?". Eu repondo: eu fui ver a vida lá fora! É o que eu mais tenho feito nessas férias. Talvez por isso tanta agitação: não quero perder nenhum minuto dessa liberdade, desse tempo, que é só meu, porque eu sei que sentirei falta quando a vida real voltar ao seu curso...
Hoje, por exemplo, fiz algo só por mim: pedalei até onde achei que deveria. Quando cansei pratiquei yoga ao ar livre. Tentei me libertar dos meus pensamentos e fiquei ali, imóvel, meditando, por tantos minutos quantos eu nem sei dizer. E me senti tão livre, tão leve. Aliás, acho que ainda não falei aqui no blog da minha mais nova paixão na vida: a yoga.



Comecei em novembro do ano passado, logo depois de me livrar daquela terrível crise de dor na coluna. Sempre tive o incentivo da minha querida amiga/professora de pilates/mãe Samantha para praticar yoga. Então entrei na yoga para fazer mais uma atividade física, além do pilates, e porque poderia praticar na hora do almoço. Então, cética que sou, pensava apenas nos benefícios físicos da prática e ignorava a questão mental. Escutava o que o professor falava como um mero "bla bla bla whyskas sachet". Estava mais preocupada em preservar minhas recém machucadas costas.

Mas com o tempo passei a prestar mais atenção na respiração e no que o professor dizia. E, finalmente, consegui algo tão difícil para uma pessoa ansiosa quanto eu: respirar e viver o momento presente. É claro que eu não atingi um grau de elevação espiritual invejável, mas eu naturalmente entendi que as posturas exigiam toda a minha atenção, fosse para eu não me machucar, fosse para conseguir chegar a um grau de dificuldade maior. Entendi que doando a atenção para a postura eu conseguia viver o agora. Assim, podia esquecer temporariamente que tinha reunião às 13:30, ou que tinha um relatório para finalizar ou uma prova no mestrado! Assim, como mágica! Passei a escutar as histórias do professor, e parei de achar que "emanar energias positivas para todos os seres" era um bla bla bla qualquer. E comecei a entender que eu passava meus dias inteiros respirando mal, com a postura errada e que eu precisava levar o que aprendia naquelas duas horas semanais para a minha vida inteira.

Foi assim que eu me apaixonei pela yoga. Não sou nenhuma fanática xiita, não sei nem qual é a "linha" que segue meu professor. Tenho minhas posturas preferidas, sei que ficar de cabeça pra baixo me revigora. Percebi que praticar yoga é, agora, uma questão de sanidade mental. De alguma maneira, que não sei bem explicar, saio da prática muito mais tranquila, centrada, equilibrada. Parece que os pensamentos se reorganizam naqueles minutos em que você se desapega deles, e tudo fica mais claro e simples no final. Por isso, sempre que eu posso, pratico também fora das aulas. Da minha maneira, com o que consigo lembrar das aulas. E é sempre maravilhoso!

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