quinta-feira, 5 de junho de 2008

"...un delirio tan real, parecido a la libertad..."

Hoje uma quinta-feira, vários assuntos...

Tomei decisões muito importantes pra minha vida nesta semana!

A primeira: vou fazer um esporte!
Já adotei, de antemão várias premissas:
1) tem que ser algo que me faça feliz
2) não pode ser uma obrigação
3) será ao ar livre - nada de academia ou confinamento! Poxa vida, morar em Copacabana e não aproveitar o cenário é uma heresia!
4) como sou uma pessoa com um joelho problemático, tem que começar devagar, pra ir tomando gosto aos poucos

Assim, amanhã, se tudo der certo, vou aproveitar a tarde livre - e, segundo a previsão do tempo, ensolarada e quente - para comprar uma bicicleta!!
E já sair andando pela ciclovia, ir até Ipanema pedalando!

Eu analisei algumas possibilidades e minha primeira idéia era comprar um roller, até porque a Elisa e o Nelson já têm, e eu teria parceria. Mas como eu já não patino há uns quase dez anos, achei que não seria muito prudente...
E, como dizem por aí, andar de bicicleta é uma coisa que a gente aprende pra vida toda...
Vamos ver no que dá!
Vou aproveitar a empolgação, e o clima de verão o ano todo, pra ver se pego gosto pela coisa (e se meu joelho agüenta).

Tomei essa decisão depois desse mês conturbado que passei... eu percebi que estava me "auto-destruindo": passava todas as noites e finais de semana estudando, comendo porcarias e virando cada vez mais uma pessoa introspectiva. Comecei a engordar e a me sentir mal; passei a ser uma companhia desagradável, sem graça. Os dias estavam perdendo a graça e se tornando um exatamente igual ao outro. A ansiedade me consumia de tal forma que eu mascava chicletes sem parar, a ponto do meu maxilar doer no final do dia.

Claro que essa introspecção não foi à toa, e serviu pra eu olhar pra dentro e prestar mais atenção nas minhas necessidades.
E aqui entra a segunda decisão:

Não vou deixar que a rotina me engula novamente, como aconteceu no mês passado...
Decidi que a partir de agora sempre é hora de ter algum momento prazeroso, seja tomando um expresso entre uma aula e outra com o pessoal, seja dando um pulinho rápido na praia pra ver a vida passar...
Tomando um choppinho no final da tarde, indo ao cinema pra ver um filme bobo pra dar risada.

Enfim, e resolvi começar HOJE.

Cheguei mais cedo do trabalho e lá fui eu dar uma volta pela praia, olhar umas bicicletas e tirar umas fotos aleatórias.
Tirar fotos sem motivo tem se tornado um hobby.
Me ajuda a prestar mais atenção em coisas "pequenas" e esperar menos por grandes coisas pra me sentir feliz.

Vamos à seção de fotos de hoje!

Esta é na esquina de casa, o túnel da Tonelero. Essa hora as pessoas estão muito apressadas. Não eram nem 6 da tarde e já estava quase escuro. Isto eu ainda estranho um pouco, aqui escurece muito cedo.
Minha esquina preferida: Santa Clara com Nossa Senhora de Copacabana. Aqui tem as lojas mais legais do bairro.

Sujando os pés de areia (na verdade, os tênis, mas tá valendo!)

Sentei pra tomar uma H2OH (só tinha Aquarius...) numa Champanheria na orla (sim, em Copacabana tem esse tipo de coisa na beira da praia!) onde pude tirar fotos mais sossegada.

Esse lado é o Quiosque da Brahma, do qual tenho virado assídua, onde tem Brahma Black, meu preferido

A orla

Esta que vos fala!


Minha Aquarius bem gelada!

Algumas coisas bacanas à minha vista


Essa última tirei no meu quarto pra que vocês conheçam o nível de privacidade que tenho aqui!
Eu sei, eu sei, puro relaxamento meu que não coloco uma cortina.
Mas eu não gosto de cortinas, elas me dão alergia, e roubam a claridade do meu dia.
Em tempo, eu ADORO acordar com a luz do dia, e, não, não sou louca (todo mundo pergunta isso quando eu faço essa confissão).

Mudando de assunto, hoje descobri um leitor muito mais do que especial: meu pai!
Aconteceu uma transmissão de pensamentos... eu estava no caminho de casa e pensei: "quando chegar vou ligar pro pai".
Adivinha?
Coloquei os pés dentro de casa e meu celular estava tocando; era ele!

Fiquei lisonjeada de saber deste fã ilustre.

Lembrei que puxei dele o gosto pela leitura e pela escrita.
Eu, assim como ele, devoro livros.
Desde criança eu fui instigada por aquelas prateleiras lotadas que temos em casa.
Meu pai era assinante do extinto "Círculo do Livro"!
E era só minha mãe dizer que algum livro era inadequado para a minha idade que eu dava algum jeito de ler, nem que fosse escondida embaixo da cama, com uma lanterna.
Foi assim que li "Brasil, nunca mais" e também comecei a ler uma série de livros sobre o nazismo. Ambos foram muito marcantes na minha adolescência.
Meu pai me ofereceu Agatha Christie, Luís Fernando Veríssimo, Chico Anísio, Milan Kundera - uma infinidade de autores - na medida da minha vontade de ler, que sempre foi imensa.
Ele sempre me diz que este é um artigo na qual não economiza, e eu sigo isto na minha vida também.

Foi por causa dele que, até o segundo ano do ensino médio, tive certeza de que seria jornalista.
Virei engenheira, é verdade.
Mas nunca, em tempo algum, perdi o gosto pelos livros.
É difícil lembrar de uma época da minha vida em que eu tenha parado de ler.
Nem agora, nesta fase tão ocupada com estudos, eu larguei este vício.
Seja no metrô, nos minutos antes de dormir (mais uma vantagem de ter largado de mão a televisão), no banheiro, entre uma aula e outra.
Me sinto mal quando não tenho nada à mão para ler. O mais normal é ler dois livros ao mesmo tempo. (Tudo bem, isto às vezes gera alguma confusão de histórias...)

Se escrevo neste blog hoje, e com tanto gosto, com certeza é por causa desta herança que ganhei durante a vida toda.

Valeu, pai, por ter despertado isso em mim.
Uma frase totalmente "Mastercard", mas a verdade é que isso não tem preço!

E agora estou toda boba de saber desse meu fã!
Aí vai um registro da nossa cumplicidade:
E nesse clima, vamos de Drexler again:

Todo se Transforma - Jorge Drexler
"Cada uno da lo que recibe

Y luego recibe lo que da,

Nada es más simple,
No hay otra norma:
Nada se pierde, Todo se transforma."

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