Aproveitando que vim aqui tirar a poeira do blog vou deixar minha mensagem de ano novo. Na verdade essa mensagem não é minha. Ela veio no cartão lindo que recebi da chico rei, e é do Carlos Drummond de Andrade.
"Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o ano novo
cochila e espera desde sempre."
2011 deixou suas cicatrizes (e cicatrizes nem sempre são marcas ruins, estão aí as tatuagens que não me deixam mentir). Eu espero, muito sinceramente, que 2012 seja um ano tão intenso quanto 2011, mas que o fardo seja mais leve.
Pra todos nós.
Mas eu não vim aqui pra falar disso, eu vim hoje aqui pra dizer que, finalmente estou de férias e estou de malas prontas. Lá se vão 8 meses desde minha última ida pra Erechim. To morrendo de saudade! E aí eu achei esta pérola de clip dos Monarcas com a música Erechim História e Canto!
Saudade de escrever aqui...
Saudades de muitas coisas.
Nessas horas lembro dos meus amigos de tantos anos, Page e Plant:
"Sometimes I grow so tired
But I know I've got one thing I got to do"
Mente cansada, corpo cansado.
1 mês pras férias. Contagem regressiva.
Queridos leitores fiéis, estou cansada, esgotada.
Mas vou levando, vivendo (ou sobrevivendo).
Um dia de cada vez.
Essa semana a primavera começou. E a cada primavera que começar eu sempre vou lembrar da minha pretinha serelepe, que se foi há um ano.
Saudade daquele jeito destrambelhado
Saudade de correr pelo pátio com ela atrás de mim, orelhas balançando
Saudade de ouvir aquele grunhido que ela fazia quando ganhava carinho na barriguinha
Saudade do olhar pidão
Saudade da festa que ela fazia pra mim, não importando quanto tempo eu ficasse fora
Um bichinho é mais do que parte da nossa família, ele é parte da nossa vida. Quando ele se vai, a gente vai um pouquinho com ele. Obrigada, Kuki, por me ensinar o que é amar sem exigir nada em troca.
Ontem tive o prazer de assistir mais um filme que entra pra galeria "filmes que eu amo".
Dessa vez quem ganhou meu coração foi Crazy, Stupid, Love (na tradução - sempre broxante - Amor a toda prova). Como eu já adoro o Steve Carrell (falei dele aqui), sabia que não precisava de muito para gostar do filme. Mas o filme é lindo, sexy e apaixonante... Olha o trailer:
Você podem pensar "mas Clarissa, é isso mesmo, vamos ficar de agora em diante com as comédias românticas?". Eu explico: sou super fã de filmes mais densos e dramáticos, mas vocês precisam entender que uma pessoa que está tomando Roacutan tem que manter distância desse tipo de filme, e precisa de mais finais felizes para conseguir acreditar que o amor existe e que a vida é bela. Enfim, saí faceira do cinema e acho que entretenimento também é isso.
"I'm glad I bought you that mint chocolate chip ice cream cone."
Enquanto ainda não chega minha vez de ir ao Rock in Rio para ver Drexler (as pessoas me perguntam "o que tem mesmo no dia que você vai?" e a minha resposta costuma ser "é o dia do Coldplay, mas eu vou pra ver Drexler") eu vou curtindo na TV os outros shows.
E estou "descobrindo" muita coisa legal!
A primeira - e viciante - descoberta foi Tulipa Ruiz (que tocou no palco Sunset com Nação Zumbi). Escuta aí e me diz se não é linda:
Já na linha "os brutos também amam", uma música meiga do Stone Sour - aliás, quem vê Corey Taylor mascarado no Slipknot não imagina que ele tem aquela carinha de bonzinho que sofreu bullying no colégio (tá, eu sei, nesse clip ele tá horrível, mas no RiR até que tava bem com carinha de bom moço)! Stone Sour me lembrou muito as músicas que eu escutava no segundo grau, na fase metaleira da minha vida.
E agora, o que mais será que o Rock in Rio vai trazer de inesperadamente bom?
Não sei se eu já comentei aqui no blog, porque na verdade minha intenção era nem comentar nada sobre isso, mas eu estou fazendo um supertratamento pra minha pele. Eu planejava nem comentar por diversos motivos, que começavam por “it’s not a big deal” e passavam por “vai ser rápido”. Porém esta coisa toda está tomando uma proporção na minha vida que eu realmente não imaginava. E, por toda essa relevência que eu resolvi falar aqui.
Tudo começou na minha adolescência (hahaha tá, é brincadeira, não vou voltar tãããão lá atrás). Mas enfim, sempre fui uma adolescente com espinhas. E aí que o tempo passou, mas a adolescência não. Mas eu sempre ia levando, fazendo um tratamento tópico aqui e outro ali, usando muita maquiagem, e levando a vida. Porém, esse ano as coisas mudaram. Muito provavelmente ligado ao stress (leia-se “mestrado”) minha pele piorou MUITO. Mas MUITO! E eu fique achando que esse aspecto não combinava com uma mulher de 26 anos. Enfim, adolescência não cabe mais no meu contexto. Se eu andasse por aí de calça jeans e all star, talvez as espinhas me ajudassem a esconder a idade. Mas não é o caso. Não mesmo.
Então nas férias procurei uma dermato (indicação do meu amigo João) e iniciei um tratamento. O plano era tomar tetraciclina, usar uns produtos e fazer umas sessões de peeling e laser. Mas tetraciclina é antibiótico, e eu tenho uma péssima relação com antibióticos. Na metade do primeiro mês de tratamento eu já estava amargamente arrependida, tamanhos os problemas que o remédio me causava.
Nisso a médica sempre me cantando para tomar o famigerado Roacutan. E eu relutante. Mas o Roacutan tem um chamariz e tanto: promete acabar com o problema, e não amenizar... Conversei com amigos que já tomaram, pesquisei na internet, e decidi: vou tomar Roacutan! Nisso, já se passou 1 mês e meio (de um total de cerca de 3 meses de tratamento). E conforme o tempo vai passando, eu vou descobrindo as várias caras desse remédio. Tem uma amiga que também está tomando agora. Ela me disse outro dia que está tão feliz com a melhora que nem liga pros efeitos colaterais. A minha história é bem outra. Sempre é.
Tudo começa feliz, primeiro efeito é boca ressecada e nada mais. Mas aí vem a fase de “expulsar” a porcaria toda da sua cara. E aí apareceram umas espinhas bizarras, umas por cima das outras, enfim, um quadro mais bizarro do que quando eu procurei tratamento médico. Nem precisa dizer que dá um desânimo FDP, uma vontade de largar tudo logo de cara. Os amigos, na melhor das intenções, sempre vêm falar que “não está assim tão ruim”, que “eu conheço uma pessoa eu tomou, é assim mesmo, depois passa”. Mas a realidade é que você se sente a última das criaturas, com a cara pipocada de espinhas e a auto estima arrastando pelo chão.
Depois disso começou uma miscelânea de coisas, boas e ruins. A pele começou a secar e as espinhas também, apesar de continuar tendo algumas espinhas. Mas não posso negar a maravilhosa sensação de chegar no final do dia com a pele brilhando como uma pessoa normal, e não com óleo suficiente para fritar um ovo! A pela resseca a ponto de descamar um pouco, o que é totalmente inédito para uma pessoa que sofre com espinhas desde sempre. Fora isso a pele está ficando bem branquinha (sim, é possível ficar mais branca do que eu já era).
Por outro lado, tem os efeitos colaterais bizarros. Aliás, ler a bula do remédio já é uma experiência bizarra! Você descobre que pode ter qualquer coisa tomando Roacutan. Eu já to numas de bater o dedinho do pé no canto da parede e achar que é culpa do Roacutan! Tomar este remedinho exige uma série de cuidados, porque ele é muito forte para o fígado. Por isso a dieta durante o tratamento tem que ser com o mínimo de gordura e sem álcool (como lidar com idas aos bares com os amigos, resistindo ao chopp e às batatinhas?). E não pode engravidar DE JEITO NENHUM porque é certo que haverá má formação do feto. Por causa dessas coisinhas light é necessário fazer exames de sangue todo mês. E logo de cara tomei um soco na boca do estômago vendo meu colesterol ir de 150 pra 201 em 1 mês (sim, o limite saudável é 200...). Mas depois do fim do tratamento tudo tende a voltar para o normal, espero...
Mas de todos os efeitos, o que está realmente incomodando de verdade é a sensação de TPM 24x7. Sim, virei a TPM girl... E, como as meninas sabem, a TPM tem variações (ou requintes de crueldade). Por exemplo: às vezes dá um ódio mortal de tudo e de todos, outras vezes tem a versão chorosa "ninguém me ama, ninguém me quer". O problema todo é que o Roacutan me faz passar por estes ciclos de humor várias vezes por dia, o que me faz parecer uma pessoa bipolar de TPM! (sim, porque também tem os momentos de extrema euforia).
Então funciona assim: "meu Deus, que dia lindo, a vida é bela, o mundo é perfeito". Quinze minutos depois: "ahhhh não faz sentido, nada faz sentido, porque eu tô aqui nesse mundo???". Quinze minutos depois: "ninguém me ama, eu sou feia, tô gorda". Quinze minutos depois: "porque está todo mundo tentando me irritar????? É uma conspiração? Estão todos unidos pra me tirar do sério hoje?" e por aí vai...
Nada fácil, nada fácil...
Estou com muito medo de afastar pessoas queridas, porque não tá fácil acompanhar todas essas variações. Então amigos, saibam desde já: se eu largar as patas em alguém, não é nada pessoal, é o Roacutan falando!
Espero que valha a pena e que as espinhas me larguem de uma vez por todas!!!
Percebi que minha lista de "Blogs Queridos" ali do lado estava pra lá de desatualizada.
Por isso dei um up.
Entraram agora:
- Do RS para o mundo: blog da querida @deabe sobre suas já muitas viagens pelo mundo. (e ainda tem muitas viagens por vir, então vale seguir!)
- Desabafos de mestrando: feito pelas minhas colegas de mestrado e amigas Helga (@guigagirl), Thaís e Anna Maria. É o relato sobre essa fase enlouquecedora das nossas vidas...
- Um ano sem Zara e Hoje Vou Assim: blogs de moda com os registros dos looks de suas autoras. Muito inspirador!
Tem mais outros mas vou atualizando conforme o tempo me permite (ó céus, ó vida, essa sou eu atualizando o blog durante o treinamento do sistema da biblioteca da PUC. Porque, né, trabalhando onde eu trabalho o que mais entendo é de sistemas pra TUDO!)
Eu quase nunca olho as estatísticas do blogspot a respeito do blog. Mas agora que eles mudaram a interface, esta é a primeira informação que aparece. E fiquei um tanto surpresa ao ver que o blog já teve mais de 8000 visualizações de páginas!
Vocês podem pensar "não é nada" (e não é nada mesmo pra mais de 3 anos de existência), mas é muita coisa pra um blog com meia dúzia de leitores fiéis, que tem por objetivo falar da vida de uma pessoa comum.
Ah, e deixa eu jogar um pouquinho de confete no meu querido blog!
Num momento: vontade de chorar, vai dar tudo errado, meu Deus essa vida não faz o menor sentido. Por que estou aqui, pra quê estudar? Vamos todos morrer mesmo.
Momentos depois: clareza, está tudo aí, como faz sentido! Ah, a vida é linda, o mundo é perfeito.
Oscilando entre o amor e o ódio entrei na aula de yoga hoje tentando me libertar dos meus pensamentos. Tentando usar aquele velho truque: enquanto me concentro nas posturas e na respiração, deixo os pensamentos soltos na cabeça e, quando a aula termina, como num passe de mágica, está tudo encaixado direitinho. Tudo fazendo sentido. Comecei a respirar, respirar. Atenção ao mudra (gestos das mãos), atenção ao prana (ar) passando lentamente pela traqueia e indo pra onde eu mandar. Primeiro, para o abdômen, depois, abrindo as costelas, e, por fim, fazendo o peito subir. Controle. Ah, a sensação de controle.
Com tudo no lugar, começo a prestar atenção nas palavras do professor, e acho incrível como as palavras dele encontram exatamente o meu dia bipolar. Sou apresentada ao tridente de Shiva. O tridente de Shiva é a arma de Shiva para destruir a ignorância humana. Mas a parte que eu mais gostei da história foi o que representa cada uma das pontas: Inércia (Tamas), Movimento (Rajas) e Equilíbrio (Sattva). Hoje o meu tridente estava completamente desequilibrado. E quando fizemos a postura da árvore com o tridente comecei sem conseguir ficar 2 segundos parada. Então fui aquietando, aquietando, e, com uma pouco de paciência, lá estava eu, com meu tridente de Shiva firme e equilibrado.
Às vezes tenho minhas dúvidas se os ensinamentos da yoga me encontram exatamente quando preciso deles ou se eu dou um jeito de encaixá-los na minha vida.
Não importa, importa é que é pra ser bom.
Vocês devem estar me achando meio maluca com esse papo.
Não se preocupem (ou se preocupem).
É provável efeito do combo roacutan+TPM.
Mas passa, ah passa!
PS: escrevi este post ontem, mas só consegui postar hoje.
Resolvi listar tudo o que eu quero fazer quando terminar o mestrado. Este post será constantemente atualizado conforme as ideias, malucas ou não, apareçam na minha cabeça. No melhor estilo Antes de Partir. Mas, no meu caso, tá mais pra Depois de Defender. Estes itens não tem a ver com prioridades, com viabilidade, nem com nada. Só com desejos.
- passar frio em Nova York
- passar calor em Barcelona
- Paris, não importa a estação do ano
- andar de bicicleta até não aguentar mais
- correr (why not?)
- assistir a todos episódios atrasados de House, Modern Family e The Big Bang Theory (portanto, amigos, nada de spoiler até lá, entendido???) - ir ao cinema toda semana
- voltar a ser uma devoradora de livros
- dedicar mais tempo para a yoga
- doutorado (não é pra rir!)
E aí que eu estava há uma semana tentando descobrir qual era a música de um comercial que tá passando no gnt (que, infelizmente não encontrei pra postar aqui). Finalmente hoje descobri (ok, não foi sozinha, foi com ajuda do Sound Hound) e to tão faceira que decidi compartilhar.
A música se chama Modern Nature e fez parte da trilha de um filme que eu amo do fundo do meu coração - Dan in Real Life, ou, que no Brasil foi pateticamente traduzido para "Eu, meu irmão e nossa namorada" (odeio essas traduções de nome de filme que te fazem não querer assistir, humpf!). Aliás a trilha sonora inteira foi feita pelo compositor desta música - Sondre Lerche - e tem umas parcerias bem interessantes - Regina Spektor é uma delas. Ainda não escutei a trilha toda, mas em breve conto pra vocês se vale.
Escuta aí (versão ao vivo porque não tem clip oficial):
The moment has come to face the truth
I'm wide awake, and so are you
Do you have a clue what this is? (I don't know)
Are you everything that I miss? (I don't hope so)
We'll just have to wait and see (Wait, and see)
If things go right we're meant to be
The surface is gone, we scratched it off
We made some plans, and let them go
Do you have the slightest idea (No, I don't)
Why the world is bright with you here? (Oh, is that so?)
Stay a while and wait and see (wait, and see)
If things go right we're meant to be
Oh, what a world this life would be
Forget all your technicolour dreams
Forget modern nature
This is how it´s meant to be
The time is here for being straight
It´s not too early and never too late
People say I should watch my pace (What do they know?)
"Think how you spend all your days" (They all say so)
They´ll just have to wait and see (Wait, and see)
If things go right they´ll have to agree
Oh, what a world this life would be
Forget all your technicolour dreams
Forget modern nature
This is how it´s meant to be
Do you have the slightest idea (No, I don't)
Why the world is bright with you here? (Oh, is that so?)
Stay a while and wait and see (wait, and see)
If things go right we're meant to be
Oh, what a world this life would be
Forget all your technicolour dreams
Forget modern nature
This is how it´s meant to be
Forget modern nature
This is how it´s meant to be
Pra quem não lembra do filme (que é de 2007, acho), segue o trailer:
Procurando esses vídeos achei um trecho liiiiindo do filme (legendas em espanhol é o melhor que consegui encontrar). Lindo, lindo, lindo:
E então meu domingo terminou mais feliz!
(confesso que adoro Steve Carrell! #prontofalei)
Há muito tempo, quando eu tinha mais momentos pensantes e menos momentos executantes (porque agora a minha vida se espreme nos intervalos das reuniões, aulas do mestrado e horas de estudo), eu conseguia enxergar muito mais poesia no mundo.
Talvez porque eu não passava simplesmente os olhos, superficialmente, pelos fatos, pelos sons e pelas imagens. Certos momentos me capturavam e me iluminavam, e, de repente, eu tinha clareza do significado de uma música, de uma frase solta em um livro. Aliás, como já disse aqui algumas vezes, sinto muita falta de ler pelo simples prazer deste ato. Sinto falta dos meus livros rabiscados (eu, digamos, personalizo todos os meus livros. É por isso que eu preciso tê-los. É por isso que sinto ciúmes deles e não gosto de emprestá-los. Na maioria das vezes meus rabiscos nos livros revelam demais sobre mim, e eu não necessariamente quero abrir isso para o mundo. Enfim, minha relação com os livros já rendeu muitos posts e renderá, certamente, muitos mais).
E por essas coisas de ficar lembrando, que veio novamente à tona uma das minhas frases preferidas do Divã, da Martha Medeiros. Nada demais, nada pretensiosa. Gosto dessa frase pelo jogo das palavras. A maneira como ela define a relação, a simplicidade, enfim. Eis a dita cuja:
"Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor."
Confesso que foi além da lembrança do conteúdo dessa frase o que mexeu comigo. Foi muito mais a sensação de estar perdendo a minha sensibilidade para a poesia do mundo. Foi como uma saudade de alguém. E esse alguém sou eu. Minha percepção estava muito mais desenvolvida naquele primeiro ano no Rio. Pode ser que era por ficar muito mais tempo sozinha. Afinal, as horas de estudo eram tantas ou mais do que agora. Mas eu lembro com clareza daquela pessoa que refinava os pensamentos, que prestava atenção. Agora a vida passa e eu me sinto muito mais rasa. Aquela sensibilidade que outrora me dava subsídios pra escrever, agora se foi. Ou, para ser menos drástica, diria que ela está ali esperando que eu possa me abrir novamente, ou que eu simplesmente volte a prestar atenção. Talvez essa seja uma maneira inconsciente de me proteger. Desligando.
Por outro lado, pensando melhor, acho que o que eu deveria fazer era unir as duas coisas (olha eu tentando abraçar o mundo outra vez!). Porque, pensando bem, eu gosto bastante dessa "eu" que aprendeu a ligar o "foda-se". Gosto mesmo. Muito. Não vivo mais sem. Descobrir que o mundo continua a girar, mesmo quando eu paro de remar, foi libertador! Dizer que não posso ser as duas coisas ao mesmo tempo - ligada e desligada, ou, sensível e carrancuda - é ser igualmente rasa com a minha capacidade.
Enfim, chega de análise. Gosto de me descobrir diferente, ao mesmo tempo que não desapego da mocinha de alguns anos atrás. Infelizmente não conseguirei ir adiante só levando o melhor de mim.
Não se pode ter tudo.
Todo esse discurso, sobre a inegável dicotomia que muitas vezes nos sufoca e nos impele a decidir sobre ser uma coisa ou outra, me fez lembrar muito de uma música. Da Marisa Monte.
Bem, desde que as aulas começaram eu não voltei mais aqui.
Pudera, eu estou correndo, correndo, correndo.
Apenas duas semanas de aula e muita coisa já aconteceu.
Acho que preciso de mais duas semanas pra concatenar tudo.
Importante é que eu tive que tomar umas decisões e tirar uns pesos extras das costas.
Importante é que eu tive que aceitar minhas limitações e entender que não posso abraçar o mundo.
Agora estou mais leve.
Agora é hora de respirar fundo e pisar fundo, o semestre promete!
amanhã recomeçam as aulas.
acabou a vida fácil.
em breve vocês me verão aqui surtando e tendo chiliques de "não vou dar conta".
fato.
sempre foi assim e sempre será. eu sempre acho que simplesmente NÃO VAI DAR!
e eu acho sinceramente que esta é a única maneira viável de eu levar as coisas a sério e de não perder o respeito.
preciso do medinho, do frio na barriga, da sensação de que, desta vez, não vai dar, que vou me decepcionar.
sim, eu sempre acho que, desta vez, cheguei ao meu limite.
mas é sempre assim que eu descubro que posso ir um pouquinho além.
Estava a navegar pelo meu próprio blog, nutrindo a nostalgia que tomou conta de mim no dia de hoje. E tive a feliz surpresa de sentir um grande orgulho por cada palavra aqui registrada. Uma sensação de "fui eu quem escreveu este texto? Certeza?". Como eu escrevia bem! (modéstia? oi? não conheço)
Posso perceber com muita clareza que os melhores textos são aqueles em que há total entrega, muitas vezes em momentos de profunda tristeza, mas também nos de rasgada felicidade.
Eles pertencem a uma época em que eu lia muito mais. Não que eu não leia hoje, mas digamos que centenas de páginas (milhares talvez) sobre finanças, organizações, marketing e contabilidade não adicionam qualidade literária aos meus textos. Pertencem àqueles dias os livros mais queridos e lindos que já li, as histórias que marcaram a minha vida.
Me incomoda um pouco o fato de que naquela época eu tinha que estudar muito, mas eu não abandonei em nenhum momento a leitura. Era minha fuga predileta. (Me ocorre que pra conseguir fazer algo só é necessário querer. O tempo a gente inventa...). Também reconheço que naqueles dias eu passava muito mais tempo sozinha com meus pensamentos. E eles eram muito mais destilados antes de chegar aqui. Na maioria das vezes eu já tinha um post inteiro na cabeça, cada expressão talhada cuidadosamente. Agora eu simplesmente sento aqui na frente do computador e escrevo, despejando pensamentos na sua forma bruta.
Hoje estou inundada de uma mistura confusa de sensações: um pedaço de mim está feliz e contente, vivendo intensos sentimentos novos e velhos; outro pedaço está com saudades de cada amigo, de cada lugar e de cada momento. Ao longo do dia um pensamento, na verdade uma frase, passou diante dos meus olhos várias vezes:
I'm such a mess...
Acho que tudo isso começou quando escutei Valerie (e eu realmente não quero falar sobre a morte da Amy, não agora, não enquanto eu não conseguir absorver completamente a notícia), que em um trecho fala:
"Since I've come home
Well, my body's been a mess
And I miss your ginger hair
And the way you like to dress..."
All about missing somebody, e nesse caso acho que sou eu mesma. Hoje eu tive uma necessidade que pouquíssimas vezes lembro de ter: precisava ficar sozinha. Eu queria e precisava de um tempo comigo mesma, sem interferências externas, para conseguir ter uma conversa interna. Parece que eu não tenho mais intimidade com meus próprios pensamentos! Aliás, pensando bem, nem posso reclamar disso. Adotei conscientemente há algum tempo uma filosofia de não pensar demais e simplesmente let it be. Não que isso seja ruim. Só é diferente do jeito que eu costumava ser. E me dei conta disso agora, relendo meus textos antigos e vendo que agora sou outra pessoa. Mudei. Mudar é bom e é ruim (e lá vem professor Nilo com seu "tudo na vida tem vantaaagens e desvantaaagens"). Até então, na minha longa experiência de 26 anos, todos os processos de mudança foram marcantes. Era bem aquela coisa de lagarta-borboleta. Agora não. Eu decidi parar de prestar atenção e, quando dei por mim, mudei! E agora que eu tive "5 minutos" de cabeça vazia levei um susto ao me dar conta de que meus pensamentos estão em completa desordem, abandonados, coitados! (Talvez seja só consequência de três semanas longe da yoga... Na yoga a cabeça desliga do mundo e, quando liga novamente parece que tudo se encaixa perfeitamente.)
Enfim, perdi o foco, não é mesmo? (estou especialista nisso!)
Pra terminar meu devaneio, uma música que volta e meia aparece por aqui:
- 02/02/2006: "Love", na nuca
- 28/11/2006: "Walk on", no pé direito
- 17/05/2008: "Let it be", na costela direita
- 14/07/2011: "Breathe", nas costas
Amo estes mantras marcados na pele.
Amo estas extrapolações para o mundo exterior que me libertam das minhas inquietudes.
Amo o fato de elas me distanciarem do óbvio.
Amo lembrar de como estas palavras me encontraram, em uma música, em um momento de agitação ou de meditação.
Amo a todas elas como amo a todos os momentos da minha vida que elas representam.
Queridos amigos, meu último post não foi, assim, digamos, à toa. Eu não só estava de caso pensado, como já estava com hora marcada no tatuador! Pois é, lá fui eu novamente brincar de rabiscar o corpo pra sempre!
Tatuagem é uma coisa muito doida: dá uma euforia imensa, mas você sabe que vai sentir dor! Aliás, na escala-Clarissa de dor, esta não superou a dor da "Let it be". Talvez por ser mais espalhada, não sei bem. Dessa vez foi "um pouquinho" maior que as outras. (Engraçado como a coragem de tatuar vai crescendo e o tamanho da dita cuja também!) Sei que quando terminou deu aquela sensação de final de entrevista no Programa do Jô, com todo mundo falando "Ahhhhhh", com aquela peninha de ter acabado e já maquinando sobre qual será a próxima. Afinal, agora estou com 4 tattoos, e, como TODO MUNDO SABE não dá pra ficar com número par....
Quem fez a tattoo foi o querido Edu Reis da Koi Tattoo. Fui atéééé a Barra pra conhecer esse gaúcho (sim, vejam só, a pessoa sai do RS mas o RS não sai da pessoa: arrumei um tatuador gaúcho no Rio!) super talentoso e não tive dúvida que podia confiar minha página em branco pra ele (no caso, minhas costas). E agora que tá tudo pronto posso dizer que super recomendo!
Então que agora eu tenho mais uma palavra linda na minha vida, mais um lembrete interno - e externo - de algo que eu não posso esquecer jamais. Vocês podem pensar "mas Cissa, a gente não precisa lembrar de respirar, este é um movimento involuntário do corpo". Mas é aí que vocês se enganam. Respirar é pensar, é pausar, é tomar fôlego pra começar outra vez, é um momento de olhar pra dentro mesmo quando o turbilhão está passando lá fora. Enfim, é muito mais do que colocar ar para dentro dos pulmões e depois devolver pro mundo. Essa é a mensagem: "just breathe, don't forget to stop and breathe"...
Sou muito fã da Cris Guerra, pela sua história (que você pode conhecer no Para Francisco) ou no seu blog de moda, o Hoje Vou Assim.
Mas o que eu quero falar dela hoje não é nem sobre Francisco, nem sobre seus outfits. Verdade seja dita: as tatuagens dela são liiiindas. E hoje, fuçando aqui e ali, achei um vídeo em que ela fala um pouco delas.
(Não me surpreende que a preferida seja a "Delicadeza". Eu achei linda quando vi pela primeira vez porque ela, na sua forma, exprime tudo.)
Acho legal ela explicando as tatuagens porque todo mundo sempre me pergunta o porquê de cada uma das minhas (por enquanto três). Acho normal a curiosidade e explico, sem problema nenhum, o significado que cada uma tem pra mim. Também não tenho nenhum problema em dizer qual doeu mais, e acho graça quando as pessoas fazem cara de dor quando imaginam uma tatuagem em cima dos ossinhos da costela.
Mas existem aqueles comentários/perguntas desagradáveis recorrentes... Esclarecendo: as tatuagens foram todas feitas pra mim. Elas estão situadas no meu corpo. Ficarão ali até o final dos meus dias. Então, não é porque eu tenho um "Love" tatuado na nuca que ele foi feito em homenagem a alguém. Melhor: to someone ELSE. Porque ela foi em homenagem a alguém: EU! Eu me amo, e não posso esquecer de me amar nunca. E assim com as outras também. Todas pra mim. Lembretes de coisas muito importantes que nunca posso esquecer. Aí me dizem "mas não dá pra ler direito", normalmente virando a cabeça e espremendo os olhos. E daí? Eu fiz a tatuagem para o mundo ler? Bem, vocês já sabem a resposta. E aí vem a outra pergunta "por que palavras/por que palavras em inglês"? Porque sim! Ou a variação pior de todas "eu não gosto de inglês, por que você não tatuou em português?" Ai meu saco! Eu poderia ter tatuado em sânscrito! Aí sim ninguém ia ler! Gente, cada tatuado tem a sua viagem. Ele pode até te explicar, e você pode, sim, achar tudo aquilo muito ridículo, mas, uma dica: guarde pra você!
Outro tipo de comentário que me racha a cara é "você não tem cara de que tem tatuagem". E quem tem tatuagem tem cara de quê? Hein, cara pálida? "Você tem cara de santinha, de certinha, de CDF, de nerd". Tem que ser diabinha pra tatuar o corpo? ahhh ta! E ter tatuagem reduz a minha inteligência, minimiza o meu caráter? ahhh ta! (por acaso eu tenho "cara" de engenheira? de mestranda em administração? de asmática? de míope? então???)
Outros tópicos recorrentes: sim, eu tive coragem de fazer; sim, doeu; não, não usei anestesia e nem bebi (questão de princípios pessoais: quer a tatuagem? assuma a dor que ela vai te causar! sinceramente, acho a dor uma parte instigante do processo) e não, não me arrependi. Minha primeira tatuagem tem 6 anos, a segunda, 5, e a terceira, 3. E quando eu ficar velha? Serei uma velha tatuada! Ah, e nunca tive problemas no meu trabalho por causa das tatuagens. E, como vocês sabem, não trabalho no lugar mais descolado do mundo.
Insônia está me acometendo nessas férias. Quando eu achava que mais ia dormir na minha vida, cá estou eu, acordadíssima, mais de 2h da manhã.
Vocês podem me dizer: "por que não vai ver a vida lá fora?". Eu repondo: eu fui ver a vida lá fora! É o que eu mais tenho feito nessas férias. Talvez por isso tanta agitação: não quero perder nenhum minuto dessa liberdade, desse tempo, que é só meu, porque eu sei que sentirei falta quando a vida real voltar ao seu curso...
Hoje, por exemplo, fiz algo só por mim: pedalei até onde achei que deveria. Quando cansei pratiquei yoga ao ar livre. Tentei me libertar dos meus pensamentos e fiquei ali, imóvel, meditando, por tantos minutos quantos eu nem sei dizer. E me senti tão livre, tão leve. Aliás, acho que ainda não falei aqui no blog da minha mais nova paixão na vida: a yoga.
Comecei em novembro do ano passado, logo depois de me livrar daquela terrível crise de dor na coluna. Sempre tive o incentivo da minha querida amiga/professora de pilates/mãe Samantha para praticar yoga. Então entrei na yoga para fazer mais uma atividade física, além do pilates, e porque poderia praticar na hora do almoço. Então, cética que sou, pensava apenas nos benefícios físicos da prática e ignorava a questão mental. Escutava o que o professor falava como um mero "bla bla bla whyskas sachet". Estava mais preocupada em preservar minhas recém machucadas costas.
Mas com o tempo passei a prestar mais atenção na respiração e no que o professor dizia. E, finalmente, consegui algo tão difícil para uma pessoa ansiosa quanto eu: respirar e viver o momento presente. É claro que eu não atingi um grau de elevação espiritual invejável, mas eu naturalmente entendi que as posturas exigiam toda a minha atenção, fosse para eu não me machucar, fosse para conseguir chegar a um grau de dificuldade maior. Entendi que doando a atenção para a postura eu conseguia viver o agora. Assim, podia esquecer temporariamente que tinha reunião às 13:30, ou que tinha um relatório para finalizar ou uma prova no mestrado! Assim, como mágica! Passei a escutar as histórias do professor, e parei de achar que "emanar energias positivas para todos os seres" era um bla bla bla qualquer. E comecei a entender que eu passava meus dias inteiros respirando mal, com a postura errada e que eu precisava levar o que aprendia naquelas duas horas semanais para a minha vida inteira.
Foi assim que eu me apaixonei pela yoga. Não sou nenhuma fanática xiita, não sei nem qual é a "linha" que segue meu professor. Tenho minhas posturas preferidas, sei que ficar de cabeça pra baixo me revigora. Percebi que praticar yoga é, agora, uma questão de sanidade mental. De alguma maneira, que não sei bem explicar, saio da prática muito mais tranquila, centrada, equilibrada. Parece que os pensamentos se reorganizam naqueles minutos em que você se desapega deles, e tudo fica mais claro e simples no final. Por isso, sempre que eu posso, pratico também fora das aulas. Da minha maneira, com o que consigo lembrar das aulas. E é sempre maravilhoso!
Acabei de saber que a Ana Luiza (falei dela aqui, lembram?) faleceu hoje...
Fiquei muito triste com a notícia, pois, apesar de ela não ser da minha família ou de eu sequer conhecê-la pessoalmente, sei que ela foi uma menina muito guerreira e um exemplo de coragem. É sempre muito difícil enfrentar a morte de uma criança sem achar que este mundo está do avesso, que a injustiça é demais, que esses pais não mereciam passar por isso.
Mas ninguém disse que o mundo era justo...
Ela também é um símbolo de que no mundo do twitter não tem só gente à toa, e foi capaz de uma mobilização ímpar em torno de uma causa real, que exigiu que as pessoas saíssem da frente dos seus computadores e fizessem o bem, não só pra Ana Luíza, mas pra muita gente.
Eu sei que palavras agora não adiantam de nada, mas estou aqui mandando minhas melhores energias para que os pais, avós, familiares e amigos dessa princesinha consigam superar a dor da perda. Agora ela virou uma estrelinha e foi pra um lugar sem doença e sem dor.
(se você não conhece a história da Ana Luiza, leia o blog da mãe dela, o vidAnormal, que também está ali nos meus Blogs Queridos)
Esse negócio de estar em férias me deixa fervilhante de ideias e eu tenho vontade de blogar o tempo todo!
O que movimentou meu dia foi a divulgação da última nota que faltava para fechar o semestre no mestrado, e era justo a de Finanças. Hoje, logo cedo, a primeira coisa que eu vi quando acordei (às 6h30, diga-se) foi o email do professor divulgando as notas. E, sim, meus amigos, acabou tudo bem. Acabou tudo ótimo, aliás. Muito melhor do que eu poderia sonhar quando estava apavorada no início do semestre.
E depois de tanto ralar, e de colher o resultado de tanto esforço e superação (sim, porque, como vocês sabem, eu saí completamente da minha zona de conforto e fui estudar uma coisa totalmente nada a ver com a minha formação), eu penso em tudo o que aconteceu neste semestre e descubro que tudo o que eu tenho a fazer é agradecer. Sim, agradecer, porque se há algo deste período que vai me acompanhar no futuro, e que vai sempre me dar aquela nostalgia "dos tempos do mestrado" são as pessoas incríveis que eu conheci.
Engraçado que quando eu saí da faculdade, achei que tinha feito até ali todos meus amigos verdadeiros. Depois comecei o Cenpro e, numa convivência tão intensa de 13 meses consegui descobrir mais alguns amigos de fé. Nesta altura do campeonato eu já estava me convencendo que o ambiente acadêmico, que naturalmente favorece a colaboração, aproxima as pessoas. Diferente do ambiente de trabalho, que é bem mais competitivo e onde os interesses pessoais acabam se sobressaindo. Pra confirmar essa minha teoria, tive o prazer de encontrar pessoas maravilhosas neste primeiro semestre.
Eu sei que quando a gente resolve citar nomes corre o risco de cometer injustiças e de esquecer de alguém. Mas como o blog é meu e eu faço o que eu quero nele vou correr este risco pra falar de algumas pessoas que fizeram a diferença na minha vida neste período: tem as duas Aninhas (a Anna Maria e a Ana Cláudia) que são duas das pessoas mais doces que eu conheci na minha vida. Pessoas sempre de bem com a vida, de bom humor, com uma energia super positiva. Tem a Thais, uma guria muito determinada e centrada, sempre muito prestativa, com quem dividia minha indignações e meus papos sobre tudo, e com quem me identifico demais. Tem a Rebeca e o Fernando, o casal mais querido do mestrado, os dois super dedicados, com uma história que eu admiro muito. Tem a Helga, guria das mais inteligentes e com mais habilidades múltiplas que eu já conheci, que é tão diferente de mim - nós divergimos nos gostos sobre quase tudo! - e que eu acho que é por isso que nos damos bem! Tem a Malu, que veio do Rio Grande oposto ao meu, e que já mostrou que tem muita garra. Tem a Manu, uma das pessoas mais sinceras que já conheci!
E tem as duas criaturas que mais me deram trabalho neste mestrado: Mari e João! A Mariana é daquelas pessoas que desde o primeiro dia, na prova de nivelamento, dava a impressão de que já era minha amiga de décadas! Daquelas pessoas pra quem a confiança era algo implícito, eu já sabia que podia confiar nela sem nem mesmo saber nada da sua vida, só de olhar. Ela pode até dizer que Finanças ia ser bem mais difícil sem mim, mas só ela sabe (talvez não saiba, mas vai saber agora) o quanto me apoiou, me motivou, me deu energia quando eu mais precisei. Mariana é aquela pessoa que, se é tua amiga, vai até o inferno e volta pra te ajudar. Sabe "amiga de fé, irmã, camarada"? É ela! Ciumeeeeeenta que só, mas eu adorava o jeito que ela mandava eu e João ficarmos quietos na aula! Coisa de amiga-mãe... E o João, foi, talvez, a pessoa mais improvável que conheci nessa coisa toda de fazer mestrado. Improvável porque nos conhecemos lá no cursinho preparatório da Anpad, onde eu olhava pra ele e pensava "qual é a desse cara?". Não era exatamente um recém formado (fica tranquilo João, que não vou revelar tua idade!), um empresário... Por que esse cara queria fazer mestrado? Começamos a conversar nos intervalos das aulas (aliás, achei alguém que fala mais do que eu!), no fim das contas nos tornamos colegas na Puc, e hoje acho que posso dizer que ele é um dos meus melhores amigos. Não sei quem estava mais desesperado no começo do curso, eu ou ele! Morrendo de medo de tudo (ele não era muito chegado aos números e eu nunca tinha estudado nada daquilo) combinamos nos ajudar, eu nas Finanças, ele no Marketing. E que dupla dinâmica, hein? Foi ele que me ajudou a fazer com que todo esse esforço fosse muito mais leve, que dividiu comigo as aflições do "será que vamos passar?", do "será que vai dar tempo?", e que também me proporcionou muitas, muitas risadas MESMO! Saber rir até chorar? Pois é, ele é mestre dessa arte. E vive dizendo que eu é que sou engraçada! Vai entender?
No final deu tudo certo, passamos em tudo com louvor, e, sabe o que é o melhor de tudo? Cresci, mudei, e angariei todas essas pessoas lindas pra minha vida. Precisa mais?
Muito obrigada, meus queridos amigos, por fazerem parte da minha vida!
(Às vezes me dá uma tristeza de saber que agora cada um vai pra sua área de concentração e que, por isso, nos encontraremos muito menos...)
Já tinha muito tempo que eu passava por aquele cartaz no metrô e sentia vontade de ver aquela peça. A peça era A História de Nós 2. Parecia tão deliciosamente despretensiosa que me dava vontade de ir, mas, sabe como é, tá em cartaz lá na Barra, é longe, preguiça e tal.
Aí enquanto planejava o que fazer com a mãe aqui no Rio, minha amiga Márcia (a campeã das grandes ideias) me sugeriu teatro. Pesquisamos daqui e de lá, e essa peça pareceu bem aquilo que eu procurava: algo leve, pra uma noite de domingo.
Lá fomos nós pra Barra. Apenas uma observação antes de falar da peça: ela está em cartaz no teatro dentro do Barra Square. Lá não tem nada pra ver/fazer/comer. Quer dizer, até tem, mas tudo assim bem meia-boca.
Bom, ao que interessa: a peça fala da história de amor da Lena e do Edu, e trata do conflito entre as três personalidades dos dois: Lena e Edu, o casal apaixonado do início de namoro, Mammy e Duca, a mãe do Felipe e o carinha que quer voltar pra juventude, e Maria Helena e Carlos Eduardo, os profissionais competitivos e super eficientes. A história é deliciosa, e todo mundo se identifica nela. É pra rir bastante e até se emocionar um pouco, ou, como meu amigo João vai comentar (ou, se não comentar, com certeza vai pensar), é uma peça de mulherzinha! Sim, é, mas recomendo pra todos meninos também.
No final, eles vendem um par de bottons (que eu não me aguentei e comprei), com duas falas da peça, uma fala da Lena e outra do Edu.
Adivinhem qual fala é de quem???
(se não der pra ler, no de cima tá escrito "desisto, é muita firula pra uma trepadinha só" e no de baixo "Já dei essa semana. Agora, se Deus quiser, só semana que vem!")
Flertei muito com esse livro antes de aceitá-lo e resolver ler suas páginas. Meu primeiro olhar sobre ele foi em 2008, quando resolvi comprá-lo como presente para uma amiga. O caso foi que demorei mais de um ano para encontrar novamente essa amiga, e, muitas vezes, pensei em desistir de dar o livro e ficar com ele pra mim. Mas quando este pensamento me ocorria, eu rapidamente sentia uma incrível vergonha por ter sequer pensado nisso, afinal, era um presente e não poderia deixar de ser.
Porém, o fato de manter o livro no armário, mesmo que ele não fosse meu, me impedia de ir até a livraria e comprar um só pra mim (quem me conhece sabe que, se há uma coisa que me faz sentir ciúmes está coisa se chama livro. Eu gosto de tê-los, às vezes rabiscá-los, mas esse é um direito única e exclusivamente meu. Só empresto em casos raros e para pessoas raras). Não sei bem explicar porque, mas, com o livro ali, ao mesmo tempo disponível e ocupado, eu sentia que não podia ter outro exemplar. O impasse começou a se resolver quando finalmente encontrei minha amiga e dei o livro a ela. E, em seguida, ganhei outro da minha irmã! Pronto. case closed.
Porém, ler este livro não poderia não ser outa novela. Comecei a ler ano passado, já até falei dele aqui e aqui, e, quando estava a mais ou menos 1/3 do final, começou o mestrado, e, bem, só consegui terminar agora, já em férias.
O caso é que, neste período, escutei muitas opiniões tanto sobre o livro quanto sobre o filme (que só agora pretendo ver, e, mesmo com muitas opiniões contra, não dispensarei Javier Bardem assim tão fácil!) e que, muitas delas, vinham de pessoas que abandonaram o livro pela metade porque o julgaram muito triste e depressivo. Como eu só largo um livro pela metade quando esgoto a última disposição de ler, resolvi ir até o fim, mesmo concordando em parte com a opinião destas pessoas. Realmente, o primeiro terço do livro é difícil, a história é triste.
Mas, agora que li tudo até o final, é que eu consegui entender que este é um livro que não pode ser deixado pela metade! É uma história de transformação, e quem lê só até a metade vai ficar só com a lagarta, sem nunca conhecer a borboleta. Esta é a minha maneira de dizer que o livro é lindo, e que eu li ele em partes (o que não me agrada nem um pouco), mas que eu acho que acabou fazendo com que eu me identificasse e me apaixonasse mais por ele. Eu também estou passando por uma transformação (no fim das contas, todos estamos, afinal, a vida está passando e precisa ser mais que a simples soma dos dias) e entendi perfeitamente essa mulher que saiu pelo mundo em busca do autoconhecimento.
Dizer agora "leiam" acho inadequado, talvez porque todo mundo já leu e já tem uma opinião a respeito. Essa é a minha, e eu não podia deixar de registrar, porque eu adoro quando um livro mexe assim comigo, e fica marcado na minha vida na galeria de livros que eu amo.
PS.: Se alguém quiser me dar "Comprometida" de presente.... eu aceito!
Nada melhor do que começar as férias em grande estilo. Como eu saí de férias ao meio-dia da sexta-feira (por que ao meio-dia? Porque eu quis!), uma ótima pedida seria um almoço especial.
Desde o ano passado (acho) que eu e minha amiga Márcia falamos sobre almoçar no Eça, o charmosíssimo restaurante que fica dentro da H. Stern no centro do Rio. E agora surgiu a oportunidade perfeita: como entrei de férias só encontrarei a Márcia novamente quando ela voltar de férias (ela sai quando eu voltar). Além disso, ela vai fazer uma viagem que é um sonho pra ela há muito tempo. Precisa de mais motivo? Não né?
Agregamos o Frias (olha só o privilégio. Pra ele, no caso) e lá fomos nós nessa ensolarada e agradável sexta-feira de inverno.
Eu esperava muito do restaurante, mas ele me deu muito mais. A comida é maravilhosa, o atendimento idem.
Vamos aos pratos: eu comi um risoto de linguiça de cordeiro, com mussarela de búfala, legumes e azeite trufado. Pára tudo! Que coisa mais maravilhosa é esse azeite trufado!! Sem contar a flor de sal para incrementar o prato. A Márcia comeu um lombo de cordeiro com palmito, batata e abobrinha. O Frias experimentou um filé mignon de vitela (que, assim como foie gras, é contra os meus princípios) com risoto de aspargos. Todo mundo ficou feliz com seus pratos! E, de sobremesa, um suflê de chocolate de comer DE JOELHOS! Era um bolinho assado na hora em uma caneca, com recheio cremoso. Até o café é imperdível, e vem com uns rolinhos crocantes de castanha. Na linha do "já que", experimentamos também os bombons de chocolate belga da casa.
Enfim, tudo lindo, tudo gostoso, uma experiência completa!
(a conta foi um tantinho salgada, mas valeu cada centavo!)
Desde o Muita Calma Nessa Hora, no ano passado, que eu estava com uma tremenda expectativa para assistir o Cilada.com. Além de ser super fã da série no Multishow, ainda simpatizo com o trabalho do Bruno Mazzeo (apesar dos pitis que ele volta e meia dá no twitter...). O filme só estreia no dia 8 de julho, mas o pessoal do lançamento fez uma ação muito bacana e encheu uma sala só com blogueiros pra uma pré-estreia. Como eu estava muito afim de assistir anyway, adorei a ideia! E esta que vos fala lá estava, pra conferir qual é que é do filme, com mais uns 100 blogueiros, na maior concentração de smartphones twittando ao mesmo tempo da história das estreias de filmes (estatísticas por minha conta).
Quando assisti o trailer já vi que pelo menos ia me torcer de rir assistindo:
Olha, além de engraçadíssimo, o filme é muito fofo e contagiante! Dá muita pena da Fernanda Paes Leme (se você é menina, claro!) e o Bruno Mazzeo tá muuuuuuito bom no papel do cara que SÓ se ferra nesse mundo! Acontece tanta coisa com ele que tem horas que você pensa "não é possível que pode piorar", e pode!
Mas, total ponto alto do filme, pra mim, é a música do casal, Por Tudo que For, do Lobão, que já habitava meu coração desde sempre e que ficou muito linda na versão especial:
...me abraça, me abraça, me abraça
por tudo que for...
Divertido e envolvente, vale muito a pena, acompanhado ou não, numa noite fria destas de julho (hoje ainda não é julho mas a noite está MUITO fria!).
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PS.: Agora um veneninho: gentes, não é porque somos blogueiros que não precisamos ir a um evento, digamos, mais arrumadinhos! E não me venha com fui-direto-do-trabalho que:
1) a sessão era às 21:30!
2) se vocês trabalham de All Star sujinho e assim, meio mulambos, ok, talvez eu tenha que rever meus conceitos cartesianos e engenheirísticos a respeito de vestimentas corporativas....
Eu ainda nem consegui ir pra Barcelona depois do arrebatamento causado por Vicky Cristina Barcelona e ele vem e arruma mais uma NECESSIDADE nessa vida.
Quem é ele? Ora, Woody Allen, meus caros! Ele fez de novo: fez um filme lindo, me deixou extasiada e me fez querer viver pra ver o que é Paris.
Ai, querido Woody (porque agora já me sinto íntima), como poderei seguir adiante antes de andar sem rumo por aquelas ruas, à noite, entre Hemingway e os Fitzgeralds, encontrar Picasso, e discutir rinocerontes com Dalí?
E agora, Woody, my honey, como vou lidar quando, entre uma viela e outra, me deparar com um ingênuo e fascinado Gil Pender, com seu olhar perdido no passado da Era de Ouro dos anos 20 com todo aquele fervor intelectual?
É, Woody, você só me arruma problemas.... Enquanto isso vou ouvindo Cole Porter, na voz de Ella Fitzgerald e imaginando como vou viver minha vida antes de Paris....
Estava aqui numa ânsia de escrever, mas totalmente sem foco pra escolher um assunto.
E aí pensei que a minha total falta de foco das últimas semana poderia ser, por assim dizer, um assunto.
Quem me conhece sabe que eu normalmente gosto de estar no controle da situação, de saber o que vem em seguida.
Mas no momento estou curtindo algo totalmente diferente, como por exemplo, colocar em prática aquela tatuagem de 2008, sabe? A do Let it be? Pois é, algo como, deixa estar, deixa rolar...
(pausa para ir até o Bráz para comer uma pizza deliciosa)
Venho eu deixando a Sra. Racional de lado, e às vezes me pergunto se isso é fruto da falta de tempo (afinal essa vida de estudante-trabalhadora-dona-de-casa tem ocupado mais de 2/3 do meu dia) e de uma certa acomodação genuína ou se isso é uma mudança real.
Várias pessoas têm notado a diferença. Algumas me dizem: "Clarissa, não consigo entender essa sua paciência de Jó". Ou em outra variação: "Clarissa, admiro essa sua paciência de Jó". Sinceramente: não é paciência de Jó coisa nenhuma! Não mesmo! O que eu não tenho nesse momento, é energia/disposição pra brigar, discutir, e etc. Não tenho! Minha energia anda tão racionada no momento que eu tenho que escolher no que e como vou gastar. Tudo uma questão de prioridades....
Se isso vai se prolongar pra depois? Não sei, talvez com o final do semestre eu volte a me preocupar com picuinha. Mas espero de todo coração que fique de bom dessa fase uma Clarissa menos racional, menos freaking controller, e mais tranquila (será que estudar Adm tem a ver com isso?), porque eu to gostando muito dela, além de que ela me trás menos problemas que a Clarissa pavio curto e briguenta. Agora chega de falar em terceira pessoa, antes que vocês pensem que eu to com síndrome de Pelé.
Bom, amanhã é segunda e o galo canta muito cedo por estas bandas. Chega de divagação pra um domingo.
Acabei atropelando um pouco a ordem dos acontecimentos e falando primeiro do show do Paul, mas no final de semana antes do show também teve agito. Desta vez em Cabo Frio.
Minha querida amiga Aline (pra quem não conhece, nós moramos juntas no primeiro ano aqui no Rio) foi muito mais rápida que eu (o que, convenhamos, não é muito difícil!) e resolveu casar. E, depois de muito tempo querendo conhecer sua cidade-natal (coisa que não foi possível no ano do Cenpro porque, bem, vocês devem lembrar do porquê), lá fomos nós!
Apesar do dia chuvoso, à noite o vento deu uma trégua e o "frio" também. O casamento foi liiiindo, em uma igrejinha bem pequena, e depois a recepção foi em grande estilo no Iate Clube. Achei o máximo que os noivos chegaram para a festa de barco, pelo deck do clube. Foi muito bom também reencontrar vários amigos do Cenpro, alguns que eu vejo sempre, outros que não via há séculos.
E no fim da noite rolou até um trash the dress (eu sei que normalmente é a noiva quem faz isso, but...) na praia, como vocês podem perceber pela primeira foto deste post. Rolou até uma corrida de 100m com vestido de festa e salto alto que ferrou com meu joelho eu estou pensando seriamente em sugerir como modalidade olímpica para 2016.
No domingo o sol até foi camarada e nos deixou conhecer a Praia do Forte - que já é linda à noite - com luz.
Cabo Frio, já me apaixonei, e com certeza quero voltar!
E segunda foi o show do Paul. Só que de sir Paul McCartney você não espera um simples show. Você espera fazer parte da história. E assim que foi.
Começando do começo, palmas para a organização! Eu estava completamente desconfiada de que pegar um trem da Supervia às 6 da tarde de uma segunda-feira poderia não ser, assim, um boa ideia. Eu só pensava em não perder minha dignidade no trem, e todas as pessoas tinham alguma história horripilante pra contar sobre o trem. Mas o Zeca ouviu que haveria operação especial para o show, e lá fomos nós. Não só havia operação especial, como havia trens exclusivos para o show, indo direto para o engenhão. Fui sentadinha, na maior dignidade, e até dormi no caminho.
Chegando no Engenhão, era só atravessar um passarela e entrar na fila, que àquela hora, estava bem pequena. Entramos no estádio com tranquilidade e nos sentamos no chão (nosso ingresso era de pista) bem próximo à grade que separava a área vip do resto da pista. Aqui, um pouquinho de decepção: a área vip não era tão vip assim e era enooooorme, fazendo com que a pista comum ficasse bem longe do palco. Ainda precisávamos esperar umas 3 horas pelo início do show, e a ideia era ficar sentada tanto quanto possível, pra evitar as dores no joelho/coluna que experimentei no show do U2. Lá pelas tantas a pressão do povo fez as pessoas levantarem. Mas aí eu percebi que a faixa etária que curte Paul é bem diferente da que curte U2. Ou bem mais velhos, ou gurizada. E ali na pista os velhinhos eram poucos, o que nos deixou à mercê de adolescentes fumando maconha, muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuita maconha, jogando fumaça na cara de todo mundo e se achando os donos do mundo. Muuuuuito empurra-empurra, tanto que estava quase desistindo de ficar lá, estava quase querendo ir embora do show, porque não tava dando pra aguentar a marofa e os ímpetos adolescentes da massa.
Mas aí o show começou. Com pontualidade britânica - o que mais poderia esperar? - sir Paul entrou no palco às 21:30 e logo ganhou o público com sua simpatia, falando português e, principalmente fazendo o que ele sabe fazer há zilhares de anos: um autêntico show de rock. Sua vitalidade e a naturalidade com que ele sobe ao palco são realmente contagiantes! Foram 33 músicas, em 2h30 de show.
O que marcou pra mim? Let it be, for sure! Eu só fui neste show pra ouvir Paul McCartney cantando Let it be. Foi demais, chorei de emoção (sim, eu choro em shows, tudo bem? Me deixa!!!)! E, pra me matar do coração, na sequência de Let it Be entrou Live and Let Die, e, muuuuuitos fogos de artifício. Ah também teve muito "na na na na na" em Hey Jude. Teve sgt. Peppers, teve Imagine. Teve muita coisa. Teve a história ali na frente dos meus olhos, e eu fiquei extasiada de ver um Beatle tocar, ali, na minha frente.
Iria de novo? Sem dúvida. Mas agora já poderei contar aos meus filhos e netos (que certamente curtirão Beatles): Eu fui no show do Paul McCartney; eu fiz parte desta história!
Volta e meia é assim: cabeça fervilhante de ideias. Muitas, muitas.
Mas aí eu sento aqui e a tela fria me pergunta: "e aí guria, o que tu tens a dizer pra esse mundo?".
Tenho me perguntado isso, o que eu tenho pra dizer pra esse mundo? Ou: será que eu digo pro mundo tudo o que eu quero e penso, ou estou tentando adivinhar o que é que esse mundo quer de mim?
"Stress de final de semestre, típico", vocês podem pensar. É, pode ser...
Noites pouco dormidas, maybe? Oh yeah.
(Aliás, estou descobrindo o quanto o sono pode embaralhar as ideias, afetar o discernimento e dificultar o raciocínio. As letrinhas dançam nas intermináveis leituras do livro de finanças.)
Produtividade? Não sei do que você está falando, faz tempo que ela não passa por aqui...
Já passa de 23h de uma sexta à noite. Perguntas pertinentes ao público e ao horário:
1. por que não estou dormindo, então, já que o problema é falta de horas dormidas?
2. por que não estou enchendo a cara no bar, chutando o balde da semana?
3. por que ainda não arrumei a mala pra viajar amanhã?
(just in case, são todas retóricas, ok?)
Estou deliciosamente apática nos últimos dias.
Quer saber? Chega de racionalizar o cansaço (e o resto do mundo)! Vou largar um belo foda-se e vou....
... bem, eu vou...
.... é, vou dormir.
(pensou o quê? que eu ia começar uma revolução e tentar dominar o mundo? hahahaha me deeeeeeixa ser feliz com dignas 8 horas de sono!)
Eu tenho minhas fases mais ou menos musicais na vida. O fato é que estou numa fase mais musical. Aliás, MUITO mais musical. E nada melhor numa fase dessas do que dar uma bela renovada na playlist. Fuçando na internet e com as dicas de amigos queridos (créditos para @deabe e @lrguelfi) encontrei com muita coisa boa no caminho.
Deixo vocês com algumas das músicas que colaram na minha cabeça e não descolaram mais, e como cada uma veio parar nessa lista:
Adele - Rolling in the deep - essa foi a dica da @deabe
Muse -Starlight - essa banda eu conheci no show do U2 e depois descobri um superfã que me deu as dicas (@lrguelfi)
Ben Lee - Catch my disease - essa foi muito por acaso: abrindo o site do Shopping Leblon, tava tocando essa música e por aí foi...
Train - Hey Soul Sister - essa, se não me engano foi em um programa do GNT... (e o clip é muito fofo!)
Cee Lo Green - Fuck You - essa aqui também foi num programa de TV, não lembro qual, e é muito engraçada!